Get Mystery Box with random crypto!

​​Em 2003, os pesquisadores Hannah Kuper e Michael Marmot (fam | A vida começa aos 40

​​Em 2003, os pesquisadores Hannah Kuper e Michael Marmot (famosos por demonstrar o impacto que o status socioeconômico pode ter em nossa saúde e expectativa de vida) realizaram um amplo estudo no qual os participantes foram novamente questionados: quando a velhice começa?
As respostas variaram, claro, mas o que Kuper e Marmot descobriram foi que as pessoas que pensavam que a velhice começava mais cedo eram mais propensas a ter um ataque cardíaco, sofrer de doenças cardíacas ou ter uma saúde física em geral precária quando monitoradas de seis a nove anos depois.
Os participantes desta pesquisa estavam participando do chamado estudo Whitehall II, um estudo longitudinal com mais de 10 mil funcionários públicos que trabalhavam em Londres.
A pesquisa é robusta e os participantes responderam a uma grande variedade de perguntas.
Isso significava que Kuper e Marmot podiam estabelecer que outros fatores, como o nível de emprego, não poderiam explicar as diferenças nos resultados de saúde.
Como poderia então a idade que você designa como o início da velhice ter um impacto tão grande na sua saúde?
Pensar na velhice pode nos tornar menos ativos e, assim, afetar nossa saúde
Uma teoria é que a resposta para a simples pergunta de "quando a velhice começa" fornece, na verdade, muito mais informação sobre uma pessoa do que você imagina.
Pode ser, por exemplo, que a pergunta leve as pessoas a pensar sobre sua própria saúde física e, se tiverem problemas de saúde pré-existentes ou um estilo de vida ruim, podem não se sentir tão bem e pensar que a velhice está chegando mais cedo.
As pessoas que dizem que a velhice chega mais rápido também podem ser mais fatalistas e menos propensas a procurar ajuda para problemas de saúde ou a adotar rotinas mais saudáveis, acreditando que o declínio é inevitável.
Elas podem supor, por exemplo, que as pessoas mais velhas são frágeis, e começar a andar deliberadamente mais devagar e pegar leve, quando isso é exatamente o que não deveriam fazer em prol de sua saúde física e mental.
Elas podem esperar esquecer coisas devido à idade, então param de contar com suas memórias. É até possível que o estresse de se apegar a ideias negativas sobre o envelhecimento contribua para a inflamação crônica e mais problemas de saúde a longo prazo.
De maneira que viver de acordo com o estereótipo de uma pessoa mais velha poderia aumentar justamente os problemas que temem.
E, claro, o inverso pode ser verdade também.
As pessoas que pensam que a velhice começa mais tarde podem estar mais conscientes sobre sua saúde e condicionamento físico e, portanto, tomar medidas ativas para se manter em forma.
Elas acreditam que são mais jovens e, portanto, se comportam de maneira mais jovem, criando um círculo virtuoso.
Seja qual for a explicação, o estudo de Kuper e Marmot não é a única pesquisa a demonstrar benefícios mensuráveis ​​de pensar positivamente sobre o envelhecimento.

@avidacomecaaos40