O tempo onde vivo No livro O amanhã não está à venda, lançado | Pontos de vista - Olimpíada de Língua Portuguesa
O tempo onde vivo
No livro O amanhã não está à venda, lançado e distribuído gratuitamente durante a pandemia do novo coronavírus, o líder indígena Ailton Krenak escreve:
“Penso naqueles versos de Carlos Drummond de Andrade: ‘Stop. A vida parou/ Ou foi o automóvel?’. Essa é uma parada pra valer. O ritmo de hoje não é o da semana passada nem o do ano novo, do verão, de janeiro ou fevereiro. O mundo agora está numa suspensão. E não sei se vamos sair dessa experiência da mesma maneira que entramos. É como um anzol nos puxando para a consciência. Um tranco para olharmos para o que realmente importa.
Tem muita gente que suspendeu projetos e atividades. As pessoas acham que basta mudar o calendário. Quem está apenas adiando compromissos, como se tudo fosse voltar ao normal, está vivendo no passado. O futuro é aqui e agora (...).”
Krenak nos faz pensar sobre os últimos meses, sobre o tempo e sobre a relação que tecemos com ele. Não é diferente com a prática docente e com o ensino do artigo de opinião. Como escrever nos ajuda a olhar para o que realmente importa, no lugar em que estamos e no tempo em que vivemos? Como ensinar nos “puxa para a consciência” de nossa existência e dos jovens com quem construímos conhecimento no tempo presente?
Todas as experiências nos transformam em alguma medida, mas exercer a docência nestes tempos certamente é um marco e, apesar de todos os percalços, ela só mostrou a importância de professores e professoras na construção da sociedade. Que a força esteja com vocês!
Leia o livro O amanhã não está à venda, na íntegra.
Para aprofundar-se no gênero Artigo de Opinião, (re)visite o Caderno Docente Pontos de vista, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.
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