2023-05-12 23:34:00
MERCADO EM DESTAQUESOJA: USDA baixista aprofunda perdas em ChicagoOs contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa. Após muita instabilidade, o mercado acentuou as perdas após a divulgação do relatório baixista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), aprofundando a desvalorização semanal.
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,510 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 122,74 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre. O número ficou acima da previsão do mercado, que era de 4,484 bilhões de bushels, ou 122 milhões de toneladas. Este foi o primeiro levantamento para a temporada 2023/24.
Os estoques finais estão projetados em 335 milhões de bushels ou 9,12 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões ou 7,67 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,310 bilhões de bushels e exportação em 1,975 bilhões.
Para a temporada 2022/23, o USDA manteve a estimativa de produção em 4,276 bilhões de bushels, ou 116,37 milhões de toneladas. Os estoques finais foram estimados em 215 bilhões de bushels - 5,85 milhões de toneladas. O mercado projetava estoques de 212 bilhões ou 5,77 milhões.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 410,6 milhões de toneladas. Este foi o primeiro relatório com números para a nova temporada. Os estoques finais estão estimados em 122,5 milhões de toneladas, bem acima do esperado pelo mercado, de 105,8 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 122,74 milhões de toneladas. A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas. Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas. A China deverá importar 100 milhões de toneladas.
Para a temporada 2022/23, o USDA estimou safra global de 370,42 milhões de toneladas. Os Estados Unidos têm estimativa de 116,38 milhões de toneladas. A safra do Brasil ficou projetada em 155 milhões e a da Argentina em 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em 154,6 milhões para o Brasil e 24,4 milhões para a Argentina. Os estoques globais estão estimados em 101,4 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 99,4 milhões de toneladas.
Além do USDA, o resultado negativo da semana foi determinado por uma série de fatores. A confirmação da safra cheia no Brasil, as condições favoráveis ao plantio e desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e a apreensão com a economia dos Estados Unidos. A possibilidade de uma recessão pode comprometer a demanda. Lembrando que indicadores econômicos negativos da China também trouxeram aversão ao risco no financeiro.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 15,50 centavos ou 1,10% a US$ 13,90 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,23 3/4 por bushel, com perda de 24,25 centavos de dólar ou 1,94%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com ganho de US$ 1,50 ou 0,34% a US$ 432,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 49,52 centavos de dólar, com perda de 1,63 centavo ou 3,18%.
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