2022-06-29 23:36:42
Copa do Mundo de 1950.
Os chamados “inventores do futebol” chegaram ao Brasil com aquela soberba característica. Pela primeira vez, eles iriam disputar uma Copa do Mundo. Depois de uma longa viagem pelo Atlântico, tinham certeza de que o esforço valeria a pena.
Estavam na América para serem campeões do mundo. Óbvio que seriam, pensavam todos.
Eles tinham Billy Wright, Alf Ramsey, Stanley Matthews… Em 30 jogos antes do início da Copa, venceram 23. Não tinham adversários.
Classificados no Grupo 2, ao lado de Espanha, Chile e Estados Unidos, os ingleses venceram os chilenos por 2 a 0 no primeiro jogo, fácil, fácil. O próximo compromisso seria contra os estadunidenses. Na época, eram amadores. Um selecionado composto por homens que tinham outras ocupações. Tinha professor, mecânico, lavador de pratos, carteiro e até um motorista de carro funerário e ex-médico na 2ª Guerra Mundial.
Em Belo Horizonte, pouco mais de 10 mil pessoas estavam preparadas para ver um baile inglês. Daria até dó dos americanos. Porém, algo surreal aconteceu. Um haitiano, aos 38’ do primeiro tempo, marcou um gol. Para os EUA.
E, por mais que a Inglaterra atacasse e chutasse, a bola não entraria mais, nem nos minutos derradeiros da primeira etapa, nem na segunda.
Quando o árbitro apitou o final do jogo, ninguém acreditava no que tinha acabado de acontecer. Os profissionais ingleses perderam para os amadores americanos. Em polvorosa, a torcida invadiu o gramado para celebrar com os perplexos americanos. Estava sacramentada a maior zebra de todos os tempos na história das Copas.
Para você ter uma ideia do impacto daquela vitória, seria como a Espanha perdesse para o Taiti na Copa das Confederações de 2013 um jogo que ela ganhou por 10 a 0. Ou se a Holanda de Cruyff topasse com o Zaire no Mundial de 1974 e perdesse.
Foi simplesmente épico. Histórico. E virou até filme de Hollywood.
Relembre esse jogo eterno no Imortais!
https://imortaisdofutebol.com/jogos-eternos-eua-1x0-inglaterra-1950/
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