2020-02-13 19:17:40
ATUALIZAÇÃO #relato #ansiedade #psiquiatra #panico #consulta
Fiquei de dar uma explicação sobre o que eu vinha e venho passando nesses últimos 3 meses.
No final de novembro eu já estava esgotada emocionalmente e fisicamente no meu trabalho. Estava passando por um estresse muito grande e adiava a ida ao psiquiatra e qualquer tipo de ajuda desse tipo. Minha ex patroa fazia pressões psicológicas em todos os funcionários e nos ameaçavam a não ter nossos direitos garantidos, como 13º e salário relativo ao mês (crises que a classe operária vive, mas a Elite finge que é dela).
Era uma relação desgastante e meu sofrimento era demais, afinal as pessoas ansiosas sofrem o momento e também a antecedência de acontecimentos, resolvi marcar uma consulta com um psiquiatra novo, eu até tinha falado aqui da ida e de novos medicamentos, mas vou entrar nos detalhes ao decorrer desse relato.
Pedi demissão na primeira semana de dezembro e minha ex patroa enrolava minha rescisão, informei a ela, antecipadamente, que eu iria no psiquiatra no dia 18.
Estava apreensiva naquela manhã, a consulta era bem cedo. Cheguei ao consultório, esperei uns 30 minutos e fui chamada. Contei tudo que eu sentia para o médico, falei do tempo que eu tratei minha síndrome do panico, da época que fumava maconha e todo meu desespero naquele emprego (nunca deveria ter voltado pra lá, mas foi aprendizado). Ele me deu 10 dias te atestado com Cid de estresse agudo e falou que eu estava muito fragilizada. Me passou dois remédios, o Deller – antidepressivo- e o Sulpan, tomaria pela manhã e a noite, respectivamente. Já ia me esquecendo, ele também mandou comprar um s.o.s chamado Seakalm, remedinho fitoterápico para eu tomar quando eu entrasse em crise. Saí do consultório e fui comprar os medicamentos… Claro, era tudo muito caro, Deller na faixa de 60 a 70 reais e o Sulpan 30 reais. Aquele dia meu gasto foi de aproximadamente 600 reais, contando a consulta e os medicamentos.
A tarde foi um inferno, meu marido levou meu atestado, meu patrão me ligando e eu não atendendo, minha mãe tentando falar comigo, eu não queria ver nem ouvir ninguém, eu devo ter chorado em uma hora o que eu não chorei em um ano. Na minha cabeça as coisas tinham saído de controle mesmo com a ajuda do psiquiatra e dos medicamentos que eu iria dar início.
Eu não queria falar e meu patrão me ligando, insistindo e eu achando que ele iria me cagar toda, não aceitar meu atestado e já imaginava a gente numa briga judicial. Liguei para um amigo e conversamos o suficiente para eu acalmar as coisas na minha cabeça e no meu coração.
Resolvi ligar de volta para ele. Conversamos e ele me falou que minha rescisão estava feita e que eu nem precisaria voltar lá, ele já tinha dado entrada nos papeis e iria me indenizar pelos dias restantes do mês, etc. Tudo foi solucionado e tomei todos os remédios prescritos. Saí de tarde, peguei meu dinheiro, dei entrada no meu seguro e fui tomar um bom café gelado na rua. Me afoguei em porcarias naquela semana, comi doces, salgados, frituras, sanduíches, etc, etc, etc. Eu queria fugir da sensação que os medicamentos não faziam efeito ainda.
Durante o mês de tratamento com os remédios eu tive uma boa melhora na minha mania de roer unhas, estou com todas lindas, fortes, grandes e pintadas, porém eu tinha 0 libido. Não tinha mais tesão e os sonhos com a minha ex patroa eram frequentes. O Sulpan era o medicamento para eu conseguir ser induzida ao sono e ter uma noite tranquila, eram pra tirar minha ansiedade a noite, não tive nenhum resultado com ele.
Voltei ao médico em Janeiro e relatei tudo, os sonhos com o meu ex trabalho, a falta de libido, o Sulpan que não fazia efeito e optamos por continuar com o Deller, era ele que impedia o tesão, mas também era ele que me acalmava e não fazia eu roer a unhas. Trocamos o Sulpan pelo Limbitrol, tomo ele uma vez toda noite, horas antes de dormir e ele me acalma um pouco. Ainda estou em fase de testes. Marcamos uma nova consulta para final de março e ainda estou sob os reflexos do estresse quase pós traumático do meu antigo emprego.
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