2023-04-16 01:03:37
Interessante observar que o significado da palavra "universidade" foi completamente esquecido e substituído pela "unilateralidade", censora, castradora e autoritária. Mas eu discordo do aspecto relatado de que os conservadores são minoria, é bem o contrário. Essa minoria "liberal" é que tomou conta com muito barulho, ampliando mais e mais o mimimi do politicamente correto. Os conservadores, ou a direita, deixaram isso crescer, por omissão, por querer apenas fazer o que foram fazer nas universidades: estudar. Observe a que ponto chegou-se, ao ter de criar o que a esquerda fazia há 20, 30 anos, como dito na matéria. Talvez o caminho de volta seja mais rápido, porque é pautado por conceitos simples como a verdade e a natureza imutável das coisas. @thomaskorontai
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Harvard cria conselho de liberdade acadêmica e de expressãoIniciativa endossada por 70 professores é reação ao avanço de políticas identitárias de esquerda, a cultura “woke”, para desbloquear o debate sobre temas mais conservadores.
14/4/2023
A Universidade Harvard anunciou na 4ª feira (12.abr.2023) a criação do “Council on Academic Freedom at Harvard” (Conselho de Liberdade Acadêmica de Harvard). Endossado por 70 professores, a iniciativa visa a melhorar o ambiente universitário, com mais liberdade de expressão, sobretudo para conter o avanço de políticas identitárias e politicamente corretas (a chamada cultura “woke”) que, na prática, interditam o debate sobre temas de maior interesse de conservadores.
Harvard está na cidade de Cambridge, no Estado de Massachussetts, no Nordeste dos EUA. É um dos berços do que os norte-americano chamam de “liberalismo” –um amálgama do pensamento politicamente correto e das propostas de esquerda e centro-esquerda.
A iniciativa de criar um conselho para debater a necessidade de haver mais liberdade de expressão foi amplamente noticiada pela mídia norte-americana. Como se trata de uma proposta que veio do grupo minoritário e mais conservador, é algo contraintuitivo quando se considera o histórico da centenária universidade, criada em 1636.
O lançamento do conselho foi explicado pelos professores de Harvard Steven Pinker e Bertha Madras em um artigo publicado pelo jornal Boston Globe (Boston é capital de Massachussetts e é conurbada a Cambridge, onde está a universidade). O artigo começa assim: “A confiança no ensino superior americano está caindo mais rapidamente do que em qualquer outra instituição, com apenas metade dos americanos acreditando que isso tem um efeito positivo no país.
“Uma parte não desprezível desse desencanto é a impressão de que as universidades estão reprimindo diferenças de opinião, como as inquisições e e expurgos de séculos passados. Isso tem sido alimentado por vídeos virais de professores sendo assediados, xingados, questionados em silêncio e às vezes agredidos –e essa atitude é justificada por alguns números alarmantes. De acordo com a Foundation for Individual Rights and Expression, de 2014 a 2022 houve 877 tentativas de punir acadêmicos por expressões que são, ou em contextos públicos seriam, protegidas pelos direitos assegurados pela 1ª emenda à Constituição dos EUA. De todos esses casos, 60% resultaram em sanções reais, incluindo 114 incidentes de censura e 156 demissões (44 delas professores efetivos) –mais do que durante a era McCarthy. Pior, para cada estudioso que é punido, muitos mais se autocensuram, sabendo que podem ser os próximos. Não é melhor para os alunos, a maioria dos quais diz que o clima do campus os impede de dizer coisas em que acreditam”.
Os professores prosseguem em seu artigo:
(Continua)
https://www.poder360.com.br/internacional/harvard-cria-conselho-de-liberdade-academica-e-de-expressao/
357 viewsThomas Korontai, 22:03