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Para os judeus de Maiorca, uma suca em público é um triunfo sobre a Inquisição


A ilha espanhola de Maiorca tinha uma comunidade judia até a Inquisição. As perseguições começaram em 1488, 4 anos antes do que no resto do país e só foram canceladas oficialmente em 1834.

Este ano, os judeus da cidade de Palma de Maiorca construíram pela primeira vez uma suca publica com financiamento da prefeitura. Nas últimas décadas, a ilha tem cerca de 100 judeus.



Nos últimos tempos as autoridades locais tentam reconhecer as atrocidades feitas contra os judeus. Em 2018 puseram uma placa no lugar onde 38 judeus foram mortos, queimados em um auto-da-fé.



Muitas famílias de “cristãos novos”, chamados “chuetas”, ficaram na ilha e continuaram praticando costumes judeus às escondidas, como acender velas na 6ª à noite, cobrir os espelhos nos dias de luto e limpar bem a casa na primavera, na época de pesach. Por causa de discriminação, os chuetas se mantinham separados dos cristãos e só se casavam entre si.



Em anos recentes, chuetas que se converteram e voltaram ao judaísmo chegaram a posições de liderança na comunidade judaica da ilha. Em junho a comunidade recebeu pela primeira vez desde a inquisição um rabino que nasceu em Palma numa família de chuetas, Nissan Ben Avraham.



Isto é uma vitória sobre a Inquisição, dizem líderes da comunidade.



https://www.jta.org/2021/09/20/global/for-mallorcas-jews-their-first-public-sukkah-is-a-triumph-over-the-spanish-inquisition?utm_source=JTA_Maropost&utm_campaign=JTA_DB&utm_medium=email&mpweb=1161-34684-583493