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QUE sem preposição
É muito comum usarmos o pronome relativo sem a presença de preposição, seja DE, EM ou outras. Acontece que, a depender da regência, ela é necessária. Obviamente, em contextos mais informais, ou seja, contextos de fala, não há problema algum em abrir mão do uso. A questão está, justamente, em transferirmos tal inadequação para a escrita. Vejamos.
"A fruta que mais gosto é laranja."
Podemos perceber que a frase precisa de uma pequena correção. Nos estudos de regência verbal, aprendemos que gostar é um verbo transitivo indireto e, portanto, exige a preposição de. Quem gosta, gosta de alguma coisa. Assim, corrigindo a oração, temos:
"A fruta de que mais gosto é laranja."
O mesmo se aplica aos casos a seguir.
"Ele perguntou do trabalho que a gente falou na última aula."
(INADEQUADO)
"Ele perguntou do trabalho de que a gente falou na última aula."
(ADEQUADO)
"Os livros que eu mais preciso estão na promoção."
(INADEQUADO)
"Os livros de que mais preciso estão na promoção."
(ADEQUADO)
"Este é um relatório que você pode confiar."
(INADEQUADO)
"Este é um relatório em que você pode confiar."
(ADEQUADO)
Como acabamos de perceber, a atenção à regência é fundamental!