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De olho nas eleições municipais de 2016 ou em busca de maior e | POLÍTICA

De olho nas eleições municipais de 2016 ou em busca de maior espaço de atuação política, 30 deputados federais trocaram de partido em 2015.

As legendas que mais sofreram com a saída de filiados são PT e o PROS, que perderam quatro deputados cada e não filiaram parlamentares de outros partidos.

A sigla que mais lucrou com as trocas foi o recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB), com 22 novos filiados. O PMB teve o registro autorizado em setembro.

Mais trocas partidárias devem ocorrer em fevereiro, já que o Senado aprovou no final do ano passado proposta de emenda à Constituição (PEC) que dará 30 dias, após a promulgação do texto, para que os parlamentares possam mudar de legenda sem perder o mandato.

Os partidos recém-criados foram os que mais receberam filiados até o momento, porque a legislação eleitoral permite a migração para essas legendas sem perda do mandato.

A PEC que prevê uma “janela” para trocas entre partidos antigos já havia sido aprovada pela Câmara anteriormente e só falta ser promulgada, o que deve ocorrer em fevereiro, após o fim do recesso do Legislativo.

Pela legislação atual, os políticos precisam estar filiados a um partido seis meses antes da eleição se quiserem disputar o pleito. O prazo anterior era de um ano, mas a presidenteDilma Rousseff sancionou lei que reduziu para seis meses.

Segundo parlamentares ouvidos pelo G1, no PT, o que gerou a evasão de deputados foi a crise política atual, o desgaste do partido com as investigações da Operação Lava Jato e a falta de espaço na legenda para concorrer às eleições municipais deste ano.

No caso do PROS, deputados que decidiram migrar reclamavam da falta de autonomia nas decisões políticas nos estados devido ao que chamaram de atuação “centralizadora” da direção nacional do partido.

Entre os parlamentares petistas que migraram em busca de maior espaço de atuação política está o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que era vice-líder do PT na Câmara. Ele poderá concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro pela nova legenda.

Já o deputado Assis do Couto (PR), que também era do PT, deixou a sigla para se filiar ao PMB por “desavenças” com a direção da legenda no Paraná. Também pesaram na decisão a crise política do governo da presidente Dilma Rousseff e o desgaste sofrido pelo PT com as investigações da Operação Lava Jato.

“Desde 2002 e 2003, que tenho dificuldades com setores da direção estadual do Paraná que estão no governo. Tem um grupo hegemônico marginalizando o nosso mandato. Há uma discriminação no partido, além da questão mais recente da crise atual do governo e do PT”, disse Assis do Couto ao G1.

Desde 2002 e 2003, que tenho dificuldades com setores da direção estadual do [PT do] Paraná que estão no governo. Tem um grupo hegemônico e marginalizando o nosso mandato. Há uma discriminação no partido, além da questão mais recente da crise atual do governo e do PT."

Deputado Assis do Couto (PR),
Trocou PT por PMB

O parlamentar paranaense explicou ainda que escolheu o PMB não por “ideologia”, e que poderá migrar para o PDT em 2018 ou ainda neste ano quando for aberta a janela de 30 dias para troca partidária sem perda do mandato.

“O PMB era um dos três partidos novos e que podiam receber filiados sem perda do mandato. O Partido Novo estava fora de cogitação, pela questão ideológica. A Rede não daria certo, porque minha base eleitoral é mais agrária. E o PMB se estrutura como um partido que quer construir um projeto.”

Também por disputa interna, Valtenir Pereira (MT) deixou o PROS e migrou para o PMB. Segundo ele, a direção nacional do PROS não dá autonomia para os diretórios regionais.