2022-07-19 16:25:19
Prezados amigos Crucíferos, neste pequeno artigo, queremos lançar memória sobre uma importante vitória militar de nossos ancestrais lusitanos lutando por aquilo de mais valioso que existe na face da Terra: pela nossa Fé Católica.
O episódio em questão faz exatos 305 anos hoje (no dia 19 de julho) se trata da Batalha Naval de Matapão, onde a armada cristã derrotou as forças do crescente muçulmano. Mas antes de narrar a batalha cabe dar uma pequena pincelada na situação da Europa na época:
Em 1717 as feridas da terrível Guerra de Sucessão Espanhola ainda ardiam nos diversos países católicos do Velho Continente:
A Espanha teatro de operações estava arrasada pois seu povo entrou em guerra civil, de um lado os partidários da antiga dinastia a Casa da Áustria, do outros os partidários da grande potência a França dos Bourbons.
Mesmo vencedora a própria França estava também exausta, afinal lutou em várias frentes como na Itália, na Alemanha e até na América contra uma poderosa coligação entre o Sacro Império, a Holanda, Portugal e a Inglaterra.
Portugal e Áustria estavam verdadeiramente falidos, enquanto os lusitanos nada ganharam com a guerra a Áustria perdeu o trono espanhol, suas colônias e viu ameaçadas as antigas possessões da casa Habsburgo tanto na Itália quanto na atual Bélgica.
Diante deste cenário de uma Europa enfraquecida o Império Otomano desejou estender a sombra de seu estandarte novamente sobre o Mediterrâneo, atacando posições venezianas em 1716. O Doge da Sereníssima Republica de Veneza pediu ajuda ao Papa reinante Clemente XI. Sua Santidade lançou um apelo a todas as nações católicas para unir forças contra a ameaça turca mais uma vez.
Bom, a Espanha mesmo estando em uma situação de penúria se comprometeu a enviar seis navios. A Áustria não tinha uma frota naval e então se dispôs a levantar um impressionante exercito de 80 mil homens, e sob o comando do Príncipe Eugênio de Savóia, eles marcharam pelos Balcãs, e protagonizariam mais tarde a magnifica vitória do cerco de Belgrado (episódio este que merece outro artigo).
O rei de Portugal D. João V enviou o Marques de Abrantes com uma grandiosa embaixada a Roma, levando consigo o compromisso de que o Reino de Portugal coloca a serviço uma frota cinco naus de linha, uma fragata e vários navios auxiliares (navio hospital e outros de apoio logístico) que partiriam ainda no verão para combater os turcos sob o comando do Conde do Rio Grande. Esta primeira esquadra não conseguiu chegar a tempo durante o cerco de Corfú em 1716, que resultou numa batalha inconclusiva no mar e na vitória tática das forças imperiais em terra, mas que efetivamente serviu para levantar o cerco.
A esquadra então voltou a Portugal, mas a ação mostrou tanto ao Papa como aos demais beligerantes (Áustria e Veneza) que eles podiam contar com os lusitanos. O Papa em gesto de agradecimento elevou a arquidiocese de Lisboa a Patriarcado com a bula In supremo apostulatos solio.
Em dezembro de 1716 o Papa voltou a pedir a ajuda de D. João V e a esquadra foi novamente preparada reforçada por mais duas naus de guerra.
Em Junho de 1717 a armada portuguesa uniu suas forças a Armata grossa veneziana e as naus auxiliares da Ordem de Malta. A partir de 3 de Julho a esquadra cristã iniciou manobras de patrulhamento e preparação de batalha junto ao cabo de Matapão e na manhã do dia 19 iniciou a batalha.
Com duração até o fim da tarde a batalha resultou em vitória da frota aliada mesmo estando em números inferiores, com as naus portuguesas sob o comando do Conde do Rio Grande tendo desempenhado papel decisivo ao correr do embate devido as manobras em que se pôs a vanguarda da linha de combate. A principal nau portuguesa em poder de fogo era a Nossa Senhora do Pilar construída em Salvador – BA.
Fonte:
Página Partido dos Cristeros.
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