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Agência de Notícias Anarquistas - ANA

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2022-02-18 18:18:02 Chá das cinco idiomas procura professores de francês, espanhol, italiano e alemão
MediaOlá, somos o chá das cinco idiomas, uma cooperativa de professores de línguas baseada em preceitos anarquistas de apoio mútuo, autogestão e horizontalidade. Buscamos professores particulares (infelizmente não há espaço para quem faz “bico” como professor) para captar alunos para todos a partir do uso das redes sociais. Para tanto, precisamos de professores que estejam dispostos a criar conteúdo de suas respectivas línguas. Neste momento, procuramos professores de francês, espanhol, italiano e alemão. Mas outras línguas podem ser consideradas. Caso tenha ficado interessada (o) basta enviar um e-mail para chadascinco.idiomas@gmail.comSaúde e anarquia!agência de notícias anarquistas-anade tantos instantes
para mim lembrança
as flores de cerejeira.Matsuo Bashô 

Leia a notícia completa na Agência de Notícias Anarquistas : https://bit.ly/357cVvg
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Aberto / Como
2022-02-16 16:16:52 [Espanha] Isaac Puente: a história de um médico libertário
MediaMinha avó materna o conhecia: ele era o médico de sua cidade natal e seu nome era Isaac Puente Amestoy (1896-1936). Isaac Puente foi um homem de convicções libertárias, formado em Santiago de Compostela, que exerceu sua atividade profissional na cidade de Maeztu, em Alava. Puente, que serviu dezesseis outros municípios da região, também era conhecido por ser o redator de El comunismo libertario, a publicação impressa de 1933 que expôs a ideologia do movimento anarquista e que, três anos após sua primeira edição, havia vendido quase 100.000 exemplares. Depois de ser preso várias vezes por defender sua ideologia libertária, o escritor foi executado pelas tropas de Franco em setembro de 1936. Ele tinha 40 anos de idade.A história de Isaac Puente, que eu conhecia – em parte – graças a um testemunho de família, era para mim a de um personagem enterrado na bruma do tempo, cujo assassinato não só pôs um fim à sua vida – pensei ingenuamente – mas também a qualquer vestígio escrito do autor. Foi uma grande surpresa quando recebi e li Un médico rural, a seleção de artigos que Puente escreveu na imprensa da época e que Pepitas de Calabaza acaba de recuperar, atualizando assim o legado de seu pensamento e defendendo sua figura. Os responsáveis pela publicação não hesitam em afirmar que, além de possuir um conhecimento clínico portentoso, Isaac Puente é (e sublinho o verbo no tempo presente) um dos mais importantes teóricos do anarquismo ibérico.Um médico rural recupera o perfil que Federica Montseny escreveu sobre ele em 1938 e que serviu como porta de entrada para a Propaganda, a primeira antologia de seu trabalho. O retrato do escritor catalão destaca seu caráter humilde e simples, assim como seu altruísmo com os pacientes e presos das prisões pelas quais passou, com os quais compartilhou – dada sua condição de prisioneiro político – tudo o que lhe foi enviado por sua família e amigos. O livro, editado com requintado gosto e sobriedade, é dividido em dois blocos complementares: o primeiro corresponde aos artigos publicados em revistas científicas; o segundo aos textos combativos que ele escreveu em jornais e panfletos sindicais. Ambos são assinados com uma prosa transparente que os torna acessíveis a qualquer leitor, um esforço deliberado do autor para garantir que seu conhecimento chegue ao povo comum e não se perca nos aspectos técnicos da ciência e do pensamento.No primeiro, além de uma série de conselhos sobre como levar uma vida saudável, existem diretrizes pedagógicas destinadas aos jovens, um período no qual “basta a experiência vivida”, diz ele, “para nos fazer desconfiar de afirmações categóricas, e onde surgem a dúvida e a sede de conhecimento”. É esta mesma sede de conhecimento que levou muitos teóricos libertários – que professavam a medicina – a denunciar os danos que a Revolução Industrial trouxe à saúde pública e as condições a que o proletariado foi submetido em seu trabalho. Estas páginas também tratam de questões relacionadas à sexualidade e ao uso de contraceptivos, assim como questões controversas como eutanásia, aborto e se deve ou não ser vacinado diante da ameaça de uma epidemia.Saúde e anarquismo, portanto, estão ligados aqui por um raciocínio que o médico ironicamente expõe em “Você deve ser apenas um médico”, que serve como dobradiça e nexo para todo o volume. Como ele mesmo afirma, a medicina é uma profissão dedicada “ao combate à dor humana”. “E a pesquisa sobre as causas do sofrimento físico e psicológico nos leva ao campo da sociologia, mostrando-nos que a miséria é uma doença em si mesma”. Desta forma, sua sátira da mecanização da ciência se estende à indústria, pois sacrifica o artesanato manual e paga ao trabalhador, não só com dinheiro, mas com a moeda suja da humilhação e da subjugação. Com julgamentos como estes, que questionam as idiossincrasias do progresso, Puente antecipa…
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Aberto / Como
2022-02-16 16:16:51 [EUA] Punk & Anarquia
MediaPor RuheUma resenha de Ethics, Politics, and Anarcho Punk Identifications: Punk and Anarchy in Philadelphia [Ética, Política e Identificações Anarco-punks: Punk e Anarquia na Filadélfia], por Edward Anthony Avery-Natale. Lexington Books, 2016, 235 pp.Como muitos anarquistas que cresceram nos anos 1990, meu primeiro contato com o anarquismo foi pela cena punk. Um amigo me deu uma fita cassete cheia de bandas punk clássicas como parte do esforço para satisfazer meu interesse crescente pelo punk.Entre as músicas encontrava-se o álbum completo de 1981 da banda inglesa de punk anarquista Crass, o “Penis Envy”, e fiquei impressionado com a desconstrução de gênero e agressão ao patriarcado.Como resultado, explorei outras bandas e, pelos círculos interseccionais de punk e anarquismo e depois de uma série de encontros felizes ao acaso (lendo sobre organizações anarquistas em encartes de álbuns, ouvindo sobre protestos em shows, aprendendo sobre presos políticos através das zines punk, pegando jornais anarquistas em shows etc.), eventualmente me envolvi no amplo âmbito anarquista dos Estados Unidos.Refletindo sobre aqueles anos e conversando com muitos amigos sobre esses assuntos, minha história não é particularmente diferente, alguma variação dela aconteceu com muitos da minha geração. Punk — seja quais forem suas falhas — era uma porta de entrada através da qual muitas pessoas foram expostas as ideias anarquistas.Portanto, estava ansiosa para ler Ethics, Politics, and Anarcho-Punk Identification, na esperança de que ofereceria novas percepções do papel do punk no anarquismo.É focado em uma cidade, Filadélfia, mas, porque o punk é um movimento de faça-você-mesmo global, a discussão é relevante à história do punk como um todo. O foco é particularmente interessante, já que a Filadélfia tinha uma robusta comunidade anarco-punk no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Enquanto nunca estive nessa cidade, o que acontecia lá circulava pelas redes pré-internet das bandas em turnê, zines e viajantes de trem, o que me fez ainda mais ansiosa pelo livro de Avery-Natale.O texto faz um bom trabalho em dar um panorama geral da cena na Filadélfia. O autor usa suas próprias experiências como anarquista e punk para basear suas análises, que é então provinda de várias entrevistas com participantes duradouros da cena.Todos os entrevistados e entrevistadas se identificam como anarquistas e punks. O autor tenta explicar o básico de como a subcultura funciona, mas, apesar disso, é uma análise que provavelmente faria mais sentido para aqueles que estão familiarizados com a cena faça-você-mesmo.Avery-Natale se preocupa primeiramente com questões de identificação e com como anarco-punks se identificam. É uma discussão interessante, focando em como conciliar ser um anarquista em um mundo não-anarquista e como, em uma escala menor, concilia-se ser um anarquista em uma cena punk predominantemente não-anarquista.Ele passa muito tempo dissecando o termo “anarco-punk” e articula a ideia de identidades conflitantes que se alternam entre sua união e oposição. A questão central para essa discussão é a de o que o anarquismo significa para os anarco-punks.O livro apresenta a ideia do anarquismo ligeiramente com um compasso ético ou referencial do que se pode almejar, baseando-se no que dizem os entrevistados e entrevistadas e na análise do autor. Com base nas entrevistas, as políticas da cena são representadas como céticas às possibilidades de um futuro anarquista e naturalmente reformista.Muitos entrevistados e entrevistadas citaram expressar apoio para vários programas de bem-estar social do governo e argumentam que o processo de reformar o Estado é uma alternativa aceitável à revolução. O autor enfatiza essa linha de pensamento ao se apoiar grandemente na obra de Simon Critchley, um teórico acadêmico que é provavelmente mais familiar àqueles dentro da universidade do…
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Aberto / Como
2022-02-16 16:16:49 Curso | História dos periódicos feitos por mulheres no Brasil e na América Latina
MediaQual a relação de um periódico com o seu tempo e com o conjunto de pessoas que o realizaram? O curso História dos periódicos feitos por mulheres no Brasil e na América Latina: uma perspectiva feminista e de cultura visual pretende traçar uma relação entre periódicos feitos por mulheres na nossa região nos últimos 100 anos considerando a sua proposta editorial e de circulação.O que o periódico anarquista Nuestra Tribuna tem a ver com Mulherio e com o Jornal de Borda, por exemplo? Quais são as aproximações entre eles e no que eles se distanciam?O curso será ministrado por Fernanda Grigolin (editora de publicações desde os anos 2000 e pesquisadora de periódicos) e tem como objetivo apoiar os custos editoriais de Lucía — revista feminista de cultura visual e tradução.A atividade terá duração de 3 horas e será on-line no google meet, as pessoas que se inscreverem receberão um e-book também. O link da atividade será enviada por e-mail.20 vagas, on-line.Faça a sua inscrição agora, clique aqui:https://tendadelivros.org/loja/produto/cursoperiodicos/?mc_cid=86e2b36a8f&mc_eid=8caea939b8agência de notícias anarquistas-anaSopra o vento
Pássaros correndo
Atrás de sementesRodrigo de Almeida Siqueira

Leia a notícia completa na Agência de Notícias Anarquistas : https://bit.ly/3HQ28UK
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2022-02-16 16:16:48 [Reino Unido] Abrigo de inverno autônomo aberto no antigo albergue St. Mungo
MediaMais de 2688 pessoas dormiram nas ruas de Londres em qualquer noite de 2020.Em 23 dias neste mês, a temperatura a noite seria fria o suficiente para causar hipotermia. Durante estes 23 dias existe uma possibilidade muito real de que alguém que durma na rua talvez não acorde no dia seguinte.Não tem que ser desse jeito.Com os aumentos de até 150% no número de moradores de ruas em alguns dos distritos de Londres no ano passado, a falta de acesso a moradia ainda é um problema que não pode ser varrido para debaixo do tapete. Esse número teve um aumento de 52% na última década sozinha – e continuará a subir. Nós estamos fazendo algo a respeito porque nós sabemos que não podemos deixar que isso continue acontecendo.As pessoas não deveriam ser forçadas a morrer nas ruas de um país que escolheu esquecê-las. O aumento no custo dos aluguéis e continua falta de solidariedade dos serviços assistenciais permitiu aprofundar uma ausência de interesse por estes em situações como essa – é hora de trabalharmos do zero. Nenhum de nós deveria estar a um salário da perda da moradia – e nenhum de nós deveria estar dormindo na rua no meio do inverno. Nós temos o dever de mostrar solidariedade com nossas comunidades.Nós estamos ocupando o antigo albergue St. Mungo em Gray’s Inn Road em protesto contra as medidas de austeridade que permitem a contínua negligencia daqueles em situação de rua. Como moradores de rua, não iremos mais sentar e esperar a morte por congelamento nas ruas. Estamos cansados de lugares sombrios e albergues sem estrutura. Estamos tomando uma ação direta – nos organizando para nos assistir em tempos de crise.Temos como objetivo fornecer um espaço seguro e aquecido para as pessoas ficarem, criarem, cuidarem de si próprios e de outros em um ambiente comunitário. Não é suficiente para fornecer o que as pessoas precisam para sobreviver – nosso objetivo é cultivar um espaço que possibilite as pessoas prosperarem.Nosso etos é simples – respeito e assistência mútua. Nossos espaços estão abertos para todos, porém, qualquer tipo de abuso não é bem-vindo.Ao longo do ano passado, nós temos visto este governo tomar algumas ações questionáveis com relação a assistência para os moradores de rua. A promoção da “Whitechapel Mission”, junto com um anuncio lembrando passageiros a não darem nada diretamente aos moradores de rua permanece em circulação mesmo após um pedido de desculpas públicas de Priti Patel. Pessoas que desejam ajudar são encorajadas a manter sua ajuda sempre à um passo de distância a aqueles que precisam – permitindo a aqueles no poder a virtude de sinalizar sua simpatia, enquanto ignorando o problema em mãos.Uma ação direta é o único jeito de seguir em frente. Nós podemos demonstrar nossa solidariedade para com aqueles em necessidade se nós tentarmos. Junte-se a nós enquanto atacamos a crise da falta de moradia por vir, através de ajuda e respeito mútuo.Fonte: https://freedomnews.org.uk/2021/12/07/autonomous-winter-shelter-opened-in-former-st-mungos-hostel/Tradução > Adriano Filhoagência de notícias anarquistas-anaipê florido
as abelhas zunem
folhas caídasRubens Jardim

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2022-02-16 16:16:47 [Portugal] RIC, Revista de Ideias e Cultura
MediaÁgora impressaO século XX encontrou nas revistas a modalidade apropriada à criação, circulação e discussão de ideias e de cultura da sua época.Os homens de letras e das artes novecentistas converteram os quinzenários e os mensários que fundaram nos órgãos dos movimentos de doutrina, sensibilidade e intervenção cívica que moldaram a história cultural e política do seu século.Os títulos mais representativos distinguiram-se por agregarem autores reputados em torno de programas próprios, ao mesmo tempo que formaram públicos fiéis e estabeleceram os termos dos debates de opinião e de gosto.Supor, porém, que a convergência entre a atualidade das publicações periódicas e um pensamento que se desejava comprometido com a sua circunstância se saldou por resultados efêmeros é um engano.As revistas teceram tanto o trânsito histórico quanto acumularam um legado cultural vultuoso, pois o que releva nas páginas dos seus títulos significativos é o desígnio de unir a reflexão e a criação idôneas à vida e à comunidade, o que lhes confere um alcance simultaneamente universal e próximo.Os muitos livros que coligiram peças literárias, ensaios, artigos e manifestações plásticas inicialmente publicados em revistas, editados e reeditados década após década, testemunham-no de forma inequívoca.Quando as fontes são o obstáculoAs publicações periódicas que serviram de verbo consciente e retórico ao devir contemporâneo mostram-se objetos de estudo particularmente ingratos: os títulos são numerosos, as coleções das suas edições, por vezes, extensíssimas, as autorias, os conteúdos e os registros muito variados, os percursos editoriais incertos e atreitos a metamorfoses.Entre o reconhecimento da importância das revistas como fontes primordiais da história cultural e política do século XX e a abordagem metódica do seu teor ergue-se um dos obstáculos epistemológicos maiores da historiografia contemporânea.Se a reedição singela destes periódicos confirma a atenção que justificadamente têm granjeado, o mérito de tornar as suas coleções acessíveis só responde a uma parte, a seu modo preliminar, do problema que, em si mesmos, encerram.>> Para ler o texto na íntegra, clique aqui:http://ric.slhi.pt/agora_impressaagência de notícias anarquistas-anaum gato perdido
olha pela janela
da casa vaziaJeanette Stace

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2022-02-15 15:16:17 [França] A rádio sem deus, sem mestres e sem publicidade há mais de quarenta anos
MediaHistória da Radio Libertaire, a voz da Federação AnarquistaUma rádio anarquista nas ondas de FM? A aposta poderia ter parecido um desafio… E ainda é! Em 1º de setembro de 1981, Radio Libertaire, a rádio da Federação Anarquista (FA), pela primeira vez emitiu sua voz em Paris e nos subúrbios.Fiel aos seus compromissos originais, Radio Libertaire nunca deixou de lutar pela liberdade das ondas, reivindicando sua autonomia em relação ao Estado e recusando-se a entrar no sistema de rádios comerciais, de rádios-endinheiradas.Graças à ajuda de seus ouvintes, ela conseguiu permanecer uma verdadeira rádio livre “sem deus, sem mestres e sem publicidade”.Nada, no entanto, foi ganho com antecedência, e a Radio Libertaire terá que conquistar seu direito de emitir em meio a milhares de dificuldades e apesar da repressão e manobras do Estado.Foi o Congresso da Federação Anarquista que, em maio de 1981, assinou a ata de nascimento da Radio Libertaire. Depois de longos e contraditórios debates, este congresso aceitou, unanimemente, a ideia de lançar uma rádio que seria o órgão da FA. Esta rádio ainda não tinha um nome, nenhum indicativo de chamada, nenhum projeto real, nenhum host e, para seu lançamento, um orçamento de 15.000 F! Nenhum congressista, neste momento, poderia ter previsto a sequência de eventos, exceto que, no início, a anarquia estaria novamente no ar. Como em 1921, quando os insurgentes de Kronstadt lançaram mensagens de rádio; como em 1936, na Espanha, com a Rádio CNT-FAI, ou quando da participação dos anarquistas no movimento rádios livres na França no final dos anos 70, incluindo Rádio Trottoir (Toulon) e Rádio Alarme cujos animadores eram membros da Federação Anarquista.Foi no dia 1º de setembro de 1981, às 18 horas, em um porão úmido no elevado de Montmartre que a aventura radiofônica começou. E de uma forma muito rudimentar, em condições precárias, desafiando as leis do rádio: um estúdio de 12 m², com uma parafernália de equipamentos de recuperação, uma mini-equipe de seis pessoas. Primeiras chamadas de ouvintes, cartas dos primeiros ouvintes… e a primeira interferência!Enquanto isso, muitos ex-prisioneiros da rádio livre estavam montando estúdios de alto alcance para conquistar o futuro bolo das ondas de FM. O espírito das rádios livres já começaram a agonizar, vítima do apetite financeiro de alguns responsáveis de rádios ex-piratas. Em agosto de 1983, os socialistas puseram fim à “anarquia das ondas”, confiscando muitos transmissores, inclusive da Radio Libertaire. Em 28 de agosto, às 5h40, a CRS (Companhias Republicanas de Segurança) apareceu em frente às instalações da Radio Libertaire. Eles arrombaram a porta, pegaram todo o material. Os animadores foram interpelados e presos, o cabo da antena e o pilar foram cortados. Nem a porta blindada, nem os numerosos ouvintes presentes, poderiam impedir a tomada da nossa rádio. Os socialistas, então no poder com seus aliados do PCF (Partido Comunista Francês), certamente não avaliaram com justeza a nossa determinação, muito menos a solidariedade que milhares de ouvintes nos mostraram nos últimos dois anos. Dois anos em que foram construídos, dia após dia, elos amigáveis e sólidos entre a Radio Libertaire e seu público. A resposta foi imediata. E impressionante. Seu aspecto mais importante foi, em 3 de setembro de 1983, uma manifestação de 5.000 pessoas e a re-emissão da Radio Libertaire.Os momentos intensos e calorosos eram tão numerosos, as torções tão frequentes que é impossível relatar em um artigo: as galas, os congestionamentos das ‘rádios-endinheiradas’, os problemas com o poder, obter a derrogação, as manifestações… pode-se desenhar, através destes eventos, a cronologia das datas importantes da história da Radio Libertaire. O mais importante, na verdade, não pode ser escrito. Esta é a história diária…
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2022-02-15 15:16:16 [Grécia] Apoie a Comunidade Okupa Prosfygika em Atenas
MediaEnquadramento Histórico, Social e Espacial da Comunidade Okupa ProsfygikaO complexo de edifícios de Prosfygika foi construído em 1933 para abrigar os refugiados da Ásia Menor. Devido a essas condições, surgiu um bairro operário vivo com características comunais. Os partidários antifascistas de 1944 usaram Prosfygika como abrigo contra os exércitos estatais britânicos e gregos, os danos pelos projéteis ainda são visíveis nas fachadas dos edifícios enquanto o monumento dos guerrilheiros localizado na vanguarda do bairro nos lembra todos os dias. Hoje, Prosfygika é um dos maiores complexos de construção no centro de Atenas, que ainda não foi gentrificado e explorado pelos grandes fundos ou pelo Estado. É um local com um significado estratégico porque está localizado entre os dois ‘pilares’ da autoridade – o Supremo Tribunal por um lado e o Quartel-General da Polícia por outro. Dentro desse quadro sócio espacial, alguns militantes que já viviam no bairro, como okupas, resolveram se organizar. Em 2010, eles iniciaram a Comunidade de Okupação Prosfygika, tendo como órgão político central decisório SY.KA.PRO, a Assembleia de Okupação Prosfygika. Um corpo comunitário para a vida cotidiana e a luta política.10 anos depois, o projeto tem como resultado um bairro politicamente unificado, inúmeros apartamentos okupados, estruturas comunitárias autônomas que atendem às necessidades de dezenas de pessoas, uma participação constante nas lutas locais e internacionais e uma grande perspectiva revolucionária.Estamos lançando esta campanha de financiamento colaborativo para todas as necessidades de um projeto como esse.As necessidades da luta, as necessidades das estruturas e as necessidades das infraestruturas.As necessidades da lutaComo SY.KA.PRO, estamos participando das lutas locais dos anarquistas e do movimento radical mais amplo dentro do território grego. Nos últimos anos, participamos de várias lutas pelos presos, como a greve de fome de Dimitris Koufontinas, na qual, juntamente com dezenas de outros camaradas, nossos membros foram presos em intervenções massivas. Defendemos o movimento estudantil radical que busca constantemente reivindicar espaços de luta dentro das universidades tendo como cerne a participação na ocupação da Universidade Politécnica – símbolo de resistência à ditadura. Estivemos envolvidos em esforços anti-repressão por solidariedade a outras okupações e camaradas e defendemos ativamente o bairro de Exarchia da repressão e gentrificação.Além disso, nossos camaradas viajaram para apoiar através de uma perspectiva internacionalista a revolução social do Movimento de Liberdade Curdo conhecido como “Rojava” contando com um mártir Haukur Hilmarsson “Spark”. Ao mesmo tempo, nossa perspectiva e solidariedade internacionalista inclui o acolhimento de organizações revolucionárias turcas e curdas e seus refugiados políticos nas estruturas da comunidade. Além disso, camaradas de todo o mundo estão visitando ou se organizando em nossa comunidade. É claro que essas relações incluem a solidariedade a projetos no exterior tendo como um dos exemplos mais proeminentes o Rigaer94 em Berlim.Para nossos eventos e ações informativas, para nossa luta nas ruas e conflitos estamos pedindo recursos financeiros para poder continuar criando e compartilhando cartazes, textos, faixas, para nos equiparmos com ferramentas de resistência como máscaras de gás, capacetes, paus, materiais para barricar os edifícios e outros materiais de defesa, mas também para despesas judiciais.As necessidades das estruturasPercebemos nossas estruturas entre as grandes conquistas das comunidades, por isso estamos pedindo apoio econômico.Café das MulheresAs feminilidades de nossa comunidade têm uma organização autônoma com procedimentos e espaços próprios. Seus alvos são: lutar contra o patriarcado na…
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2022-02-15 15:16:14 [Chile] Santiago: Recordando Emilia Bau, presente na ação
MediaUm ano se passou desde o assassinato da companheira Emilia Bau, que foi morta por assassinos contratados enviados pelos donos do condomínio de Riñimapu para proteger seus miseráveis interesses. Embora, por um lado, o condomínio tenha tentado justificar o assassinato, apontando que ela fazia parte de uma “máfia” violenta e, por outro, a imprensa cobriu o evento com um manto pré-fabricado de mistério, sabemos que Emilia Bau estava lá acompanhando um processo de recuperação territorial.Não podemos, nem estamos interessados em ficar indiferentes ao fato de que a companheira se levantou em rebelião contra múltiplas formas de controle, o que a levou a se envolver materialmente em diferentes iniciativas de seu coração anárquico. E assim como as resistências de Bau eram muitas, como antiautoritários queremos nos juntar de nossas trincheiras no primeiro aniversário de sua morte com um evento noturno: “Recordando Emilia Bau, presente na ação“, ao qual convidamos abertamente a se encontrar em torno da memória da companheira.Teremos música ao vivo, a apresentação do livro “Acendendo a Chama do Ambientalismo Revolucionário”, exibições, pastelaria vegana e infusões e, como sempre, uma mesa de propaganda antiautoritária (traga a sua!).Quarta-feira, 16 de fevereiro, a partir das 19:00 hrs.Companheira Emilia Bau Presente.Nossa memória é negra, nosso coração também.Tradução > LibertoConteúdos relacionados:https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2021/04/22/argentina-buenos-aires-acao-a-2-meses-do-assassinato-de-emilia-baucis-herrera/https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2021/02/18/chile-assassinato-de-lamgnen-anarquica-no-territorio-mapuche-lof-llazcawe/agência de notícias anarquistas-anaBrilho da lua se move para oeste
a sombra das flores
caminha para leste.Buson

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2022-02-15 15:16:12 [Portugal] Duas Feministas Libertárias na Revista Pedagógica
MediaEntre 1909 e 1915, publicou-se, em Ponta Delgada, a “Revista Pedagógica”, que se apresentava como órgão do professorado oficial açoriano, iniciativa da professora primária e feminista Maria Evelina de Sousa, companheira inseparável de Alice Moderno, também esta professora do ensino particular e feminista.Com distribuição a nível nacional, a “Revista Pedagógica”, que esteve ao serviço dos professores e da educação, contou na sua redação com colaboradores como Alice Moderno, Aires Jácome Correia (Marquês de Jácome Correia), Luís Leitão, José Fontana da Silveira e Ulisses Machado.De entre os colaboradores da revista, encontramos duas feministas que perfilhavam ideias libertárias: Ermelinda Rodrigues da Silveira e Lucinda Tavares, ambas também professoras primárias.Lucinda Tavares, que foi casada com o médico Afonso Manaças, frequentou a Escola Normal do Calvário e foi membro do Grupo “Nova Crença”, tendo mais tarde abandonado o movimento libertário e passado a colaborar com os socialistas reformistas.Defensora da educação racional, num texto escrito no nº 2 da revista “Amanhã”, de 15 de junho de 1909, de que eram proprietários e diretores Grácio Ramos e Pinto Quartim, Lucinda Tavares, discordou de Gustave Le Bon que afirmou que “a aquisição de conhecimentos é a melhor maneira de fazer revoltados” e explicou o seu ponto de vista do seguinte modo:” A instrução é, sem dúvida, um fator importante, uma alavanca poderosíssima para levantar no espírito do homem a ideia de revolta, mas é preciso que essa instrução não lhe seja imposta como um dogma; é preciso que se deixe raciocinar livremente desde criança; que se habitue a acreditar ou deixar de acreditar, a seu bel-prazer, sem sugestões ou imposições de espécie alguma; é preciso, enfim, que uma educação racional venha auxiliar essa instrução, que muitas vezes mal dirigida, se converte num elemento de retrógrada reação.” No número 179 da Revista Pedagógica, publicada a 29 de junho de 1911, num texto intitulado “A mulher portuguesa na Jovem República”, depois de saudar a implantação da República defendeu a necessidade de educar as mulheres para que as mesmas possam “educar os seus filhos em princípios de Liberdade e Solidariedade, de forma a poderem fazer da República portuguesa uma república rasgadamente liberal e progressiva … uma sociedade sem preconceitos, sem fanatismos e sem padres…uma sociedade perfeita, de Amor, de Abundância, de Paz e de Fraternidade Universal.”Ermelinda Rodrigues da Silveira, que casou com o escritor José Fontana da Silveira, também colaborador assíduo da Revista Pedagógica, militou na Associação de Propaganda Feminista e integrou a Loja Carolina Ângelo do Grande Oriente Lusitano Unificado.Na Revista Pedagógica, Ermelinda da Silveira publicou dez textos, entre 12 de fevereiro de 1914 e 25 de março de 1915, com os seguintes títulos: Generalidades, Bases de Orientação Pedagógica, Crianças normais, Crianças anormais, Anormais intelecto-físico-morais, A infância criminosa, Pais e educadores, Pedologia, Tarados físico-intelectuais e A emancipação da mulher virá da sua educação moral e intelectual.No último texto referido, publicado no nº 311 da Revista Pedagógica, Ermelinda da Silveira escreve que a situação da mulher, ” a escrava do homem, o autômato que ele maneja a seu belo prazer, um ente a quem a mais pequena contrariedade, o mais pequeno escolho desanima, uma vítima da própria família que a impede de agir e pensar, consoante o seu critério”, se deve à educação que recebe numa “escola dogmatizada pelos compêndios e programas, feitos para tudo menos para a educação.”Para Ermelinda da Silveira a solução dos problemas com que se defronta a mulher está no “campo do feminismo”. Assim, segundo ela, não descurando “por completo os cuidados ao “Eu físico” e “conseguida que seja a nossa emancipação moral, bem depressa advirá a emancipação social, porque os homens vendo…
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