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BCE (Banco Central Europeu) eleva taxa de juros em 0,5 ponto percentual, a primeira alta em 11 anos.

No Brasil, o destaque corporativo é a divulgação do relatório de produção trimestral da Petrobras, após o fechamento do mercado. Já a Receita Federal informa a arrecadação relativa a junho.

Abertura

Em meio à espera pela decisão sobre juros do BCE, a um quadro de crise por incertezas ligados ao fornecimento de gás na Europa e à renúncia do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, após a implosão de seu governo de coalizão, o sinal é negativo em quase todas as bolsas do continente europeu. O destaque, claro, é a de Milão, que cai mais de 1%, além da forte alta do juro do bônus italiano (BTP) de 10 anos.

O índice do dólar DXY tem alta moderada, bem como os juros dos Treasuries. O petróleo despenca, enquanto os índices futuros de ações em Nova York têm instabilidade, após as bolsas americanas acumularem fortes ganhos nos dois últimos pregões, no aguardo de balanços e também do BCE. A expectativa de analistas é de alta de 0,25 ponto porcentual do juro da zona do euro. No entanto, fala-se que os dirigentes do BCE vão discutir a possibilidade de um aumento de meio ponto porcentual, à medida à medida que a inflação no bloco não dá sinais firmes de arrefecimento e o euro se desvaloriza, chegando a operar abaixo de US$ 1 pela primeira vez desde 2002. Por isso, além da decisão em si, o mercado acompanhará com afinco as palavras da presidente da instituição, Christine Lagarde, que indica apoiar uma alta menor. Este movimento vai na direção contrária do Banco do Japão (BoJ), que deixou sua política monetária inalterada e afirmou que não tem planos de subir os juros.

Na B3, a queda expressiva nas cotações do petróleo no exterior deve pesar também nas ações do setor. Na Petrobras, pode ainda influenciar a persistência do governo em colocar na estatal os dois nomes já recusados pelo Celeg, e a expectativa pela divulgação dos dados trimestres no fim do dia. Porém, a volatilidade não está descartada, diante da indefinição dos índices futuros de ações americanos.



Empresas

Petrobras: o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que vai reencaminhar à companhia a lista com os mesmos oito nomes inicialmente indicados pelo governo para o conselho de administração da estatal. Na semana passada, dois integrantes dessa lista foram reprovados pelo Comitê de Elegibilidade da companhia (Celeg), o que foi acatado pelo conselho. O MME disse que não constatou os supostos impedimentos apontados pelo comitê. A Petrobras confirmou mais tarde a decisão do MME.

A Eletrobras informou em comunicado ao mercado que não tem conhecimento de qualquer indicação de novos diretores da companhia e que convocou Assembleia Geral Extraordinária de acionistas para 5 de agosto, para eleição dos novos membros do conselho de administração. A manifestação é em reação a publicações na imprensa sobre a eventual contratação de Wilson Ferreira Júnior para a presidência da companhia. Ele comandou a estatal entre 2016 e 2021 e estava à frente da Vibra Energia, da qual pediu desligamento.

O Santander Brasil foi condenado em segunda instância pagar indenização de R$ 275 milhões por danos morais coletivos, em uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O banco afirma que vai recorrer da decisão. A ação investiga supostas metas abusivas, adoecimentos mentais e assédio moral a funcionários do banco.

O conselho de administração da Klabin aprovou a construção de uma nova unidade de papelão ondulado, na cidade de Piracicaba, no interior paulista. O Projeto Figueira terá um investimento bruto de até R$ 1,5 bilhão, incluindo cerca de R$ 200 milhões de impostos recuperáveis. O desembolso acontecerá entre os anos de 2022 e 2024 e será financiado pela posição de caixa da companhia.

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