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Como contemplar obras de arte | Anderson C. Sandes Revista-se | Notificações MBC

Como contemplar obras de arte | Anderson C. Sandes

Revista-se de humanidade: “[...] o que chamamos de “obras de arte” não são fruto de alguma atividade misteriosa, mas objetos criados por seres humanos para outros seres humanos” — E. H. Gombrich in A História da Arte

Desenvolva “o gosto”: “O problema da beleza é que os gostos e parâmetros que definem o que é belo são muito variados [...] O antigo adágio de que gosto não se discute pode até ser verdadeiro, mas não deve esconder o fato de que também o gosto pode ser desenvolvido”. E. H. Gombrich in A História da Arte

Seja humilde: “[...] para apreciarmos tais obras, há que ter um espírito leve, pronto a captar sugestões mais sutis e a responder a cada harmonia oculta; sobretudo, um espírito que não esteja atravancado de palavras pomposas e frases-feitas. É infinitamente melhor não saber nada de arte do que acalentar aquele tipo de meio conhecimento propício à afetação”. E. H. Gombrich in A História da Arte

Entre em um acordo com o artista: Chesterton disse a respeito dos poemas (mas que pode ser sugerido para demais artes): “[...] concordeis [...] que determinadas coisas devam ficar entendidas entre vós, que certas afirmações deverão ser feitas, e que algumas objeções não deverão ser feitas. [...] se um homem comunica sua grande surpresa nas palavras “Por Júpiter”, não o censuramos por admitir a existência de uma divindade pagã e desacreditada.” G. K. Chesterton in Como ler poesia

Suspenda seus preconceitos: “O que ouve mais bobagem no mundo é talvez uma pintura de museu” — Irmãos Goncourt

Ao avaliar um estudo do crítico inglês I. A. Richards, Otto Maria Carpeaux nos ensina que, para a boa compreensão de uma obra é preciso suspender os nossos “estoques de respostas, sobretudo os de ordem ideológica:

“Por força das ideologias, estamos impedidos de ler no dicionário do Cosmos, de “construir o mundo”. As ideologias opõem-se à ordem. E um caso especial dessa resistência ideológica é a nossa atitude caótica perante a suprema ordem das palavras, a poesia”. Otto Maria Carpeaux in Poesia e ideologia