Entradas e saídas da amígdala Estamos falando dessa estrutura | Manual da Mente

Entradas e saídas da amígdala

Estamos falando dessa estrutura pequena, porém complexa. E, como ela não está sozinha no mundo, quer dizer, no cérebro, ela tem conexões que entram e que saem dela. Lembra que eu falei que a amígdala basolateral é a região da amígdala especializada em aprender novos medos? Como ela faria isso se não houvesse conexão com as outras partes do cérebro? Então, ela recebe conexões de todos os sistemas sensoriais.

Sabemos que nosso cérebro é complexo. Os sistemas sensoriais também são bem complexos. Antes de nosso cérebro conseguir identificar um objeto é necessário que a informação trafegue por camadas e camadas de neurônios, até que, num compilado de dados provenientes de diversas fontes consiga, de fato, fazer com que nossa consciência entenda do que se trata. Mas, se nossa vida depende do tempo que a informação leva para ser processada, devem existir atalhos para que nosso comportamento não dependa sempre da nossa consciência. E, de fato, além dos comportamentos reflexivos, nosso cérebro utiliza de atalhos para que não precisemos pensar para agir.

Normalmente, esses caminhos neurais passam longe do córtex cerebral e vão direto para a amígdala. Ela recruta vias que estão ligadas às zonas comportamentais do sistema límbico e, sem que você tenha a menor consciência do que esteja acontecendo, você age! E, somente depois de ter agido, que a “ficha cai” e você consegue raciocinar sobre o que acabou de ocorrer.

Alguém aqui já passou por algo parecido?