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Pense na seguinte situação hipotética: uma multidão vestindo c | Ludmila Lins Grilo

Pense na seguinte situação hipotética: uma multidão vestindo camisa verde e amarela, gritando palavras de ordem, sacudindo bandeiras de partidos políticos de direita (acaso existissem), invade um terreiro de candomblé.

Pensou? Pois é. Não é difícil imaginar como a imprensa estaria numa hora dessas. “fascist4s!”, “intolerância religiosa!”, “crime de ódio!”, por aí vai.

Algum partido de esquerda, certamente, já teria apresentado uma representação na polícia e no MP – aliás, com razão. Nossa Constituição assegura a proteção aos locais de culto e suas liturgias (art. 5º, VI, CF).

Além disso, nosso Código Penal prevê como crime a perturbação de cerimônia ou vilipêndio público de ato ou objeto de culto religioso (art. 208 do CP).

Tal situação aconteceu dias atrás. Só que os manifestantes não estavam de camisetas verde-amarelas, não agitavam bandeiras “direitistas”, nem invadiram terreiro algum.

Na verdade, eles vestiam vermelho, balançavam bandeiras de partido de esquerda, e o local invadido foi uma igreja católica.

O motivo alegado, como sempre, é “nobre” e repleto de “boas intenções”. O vereador Renato Freitas disse que se tratava de um ato “contra o racismo e a xenofobia”, “em memória de Moïse e Durval” – dois negros recentemente mortos no Rio de Janeiro.

Não foi explicado, no entanto, o que uma igreja católica em Curitiba teria a ver com os lamentáveis episódios no RJ.

Renato apenas disse que a entrada (rectius: invasão) na igreja foi simbólica e pacífica, e que “nenhum preceito religioso supera o amor e a valorização da vida, todas as vidas, inclusive as negras”. Lindo discurso, não?

Mas não precisa explicar, Renato. Nós já sabemos que essas pautas identitárias são o marxismo do século XXI. São pautas revolucionárias, essenciais para um projeto de poder político que encontra resistência naquilo que é o maior entrave para sua execução: o Cristianismo.

Muitos devem ter ficado sem entender qual a correlação entre os episódios no RJ e no PR. Para nós, que entendemos os fundamentos da guerra cultural, não há qualquer necessidade de explicação. Nós já sabemos.

Nas palavras de Alexandre Costa, “a Nova Ordem Mundial será, antes de tudo, anticristã”.