Considera que a salvação eterna é um tesouro oculto, isto é, d | CARITATEM EXCLUSIVO 🔐

Considera que a salvação eterna é um tesouro oculto, isto é, de que bastantes pessoas ignoram o preço, dando pouca atenção a sua importância, mas pelo qual as pessoas sábias sacrificam tudo.

Teremos negócio mais importante a tratar? Haverá para nós outra fortuna a fazer?

Do bom ou mau sucesso deste negócio depende a feliz ou desditosa eternidade. Todos os outros nos são permitidos na intenção de nos sairmos bem deste. Perdido este negócio, tudo está perdido para nós, pois que o próprio Deus, que encerra todos os bens, está perdido para nós sem recurso e para todo o sempre.

Minha salvação é o meu grande negócio; e poderia ter outro de maior consequência e que me interesse mais?

Nada há mais indeclinável para nós do que a salvação. Que se tenha perdido
uma batalha, mesmo um reino, paciência. A salvação consola-nos dessas perdas, é o nosso grande recurso – mas poderá alguém consolar-se se for condenado?!

Ah, Senhor! Qual será minha sorte?! E qual é minha conduta? Alcançarei minha salvação? Instruído, como sou, nas verdades de minha religião, que resposta daria eu a um homem que, vivendo como eu vivo, me perguntasse se ele se salvaria?

Eu espero, Senhor, tudo de vossa misericórdia; quero decididamente salvar-me. Quem poderá, pois, obstar a que me salve?

JACULATÓRIA

Tuus sum ego, salvum me fac (Sl 118).
Eu sou vosso, ó meu doce Jesus; vós resgatastes-me por grande preço, não permitais que eu me perca.

PROPÓSITOS

Como é preciso que tudo o que for feito por nós se refira à salvação, assenta hoje um plano de vida ou relê ao menos o que tiveres já feito. Inutilmente estabelecerias regras de conduta se as não observasses. Põe sem cessar diante dos olhos este oráculo de Jesus Cristo: Porro unum est necessarium (“Uma só coisa é necessária”). Sacode essa madorna em que até aqui tens vivido sobre o importante negócio de tua salvação. Confere a este respeito com o teu diretor ou com alguma outra pessoa de virtude e de confiança. Consultam-se os mais hábeis sobre um negócio temporal, e o negócio da eternidade, o negócio da salvação não nos há de merecer os mesmos cuidados e atenções que se têm com um negócio de nada! Pois hão de ser sempre os filhos do século mais prudentes e mais hábeis em seus negócios do que os filhos da luz?!

Pe. Jean Croiset
Coleção Ano Cristão - TOMO 07

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