2022-07-09 18:19:37
Lê-se na página principal do site da Bienal do Livro de São Paulo que, para “essa edição histórica, teremos como Convidado de Honra – Portugal, quando celebramos os 200 anos da independência do Brasil, unidos eternamente em nossa língua mátria”, assim mesmo, em destaque. A propósito, valeria destacar também que o convidado de honra é Portugal e não o idioma português.
Para homenagear a terra de Camões, a antiga colônia convidou para a festa outras ex-colônias, como Moçambique e Angola, que, como o Brasil, decretaram em seus países o idioma do colonizador como oficial, em detrimento de suas outras tantas línguas ancestrais, essas, sim, as línguas mátrias. O português, diria, segue sendo a língua pátria em pelo menos dois sentidos dados pelo lexicógrafo e gramático lisboeta Caldas Aulete, ou seja, “relativo à pátria: Amor pátrio” e “pertencente ou relativo aos pais, paterno: Pátrio poder”. Aqui o gramático remete ao conceito de poder que fala especificamente em “força física”, “império, soberania”.
Por Dirce Waltrick do Amarante
https://jornalistaslivres.org/nos-200-anos-da-independencia-bienal-do-livro-de-sp-homenageia-portugal/
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