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Nem toda atividade deve ser adaptada Ei Educador, vamos fazer | Instituto Itard

Nem toda atividade deve ser adaptada

Ei Educador, vamos fazer um exercício de empatia.

Nas próximas linhas você será o aluno.

Imagine comigo: você entra na sala de aula do último ano de física nuclear, em Harvard.

Lá o professor percebe que você não está conseguindo fazer as atividades de física nuclear e, por isso começa, brilhantemente, a adaptar as atividades para você e também te indica um professor de apoio.

Você percebe que agora até consegue fazer sua atividade, às vezes com ajuda do professor de apoio, mas não entende muito bem o porquê da atividade, o fundamento do que está sendo trabalhado e estudado, mas segue fazendo, pois está intuitivo encontrar as respostas e você ganha “parabéns” quando acerta.

Você segue assim até o final do ano letivo e é aprovado em física nuclear por ter conseguido realizar todas as suas atividades adaptadas com a ajuda do professor de apoio.

Então, num encontro de amigos, te perguntam alguma coisa sobre física nuclear: “não sei nada disso, nunca aprendi, só fiz algumas atividades por dedução, mas não conheço nenhum fundamento” - é a sua resposta.

Essa é a história de milhares de alunos com deficiência que são privados de possuir um currículo adaptado e tem uma aprendizagem superficial de tudo, mas nenhum fundamento.

Não dá para adaptar uma atividade de física nuclear para um aluno que não sabe física básica. Também não faz sentido, por exemplo, ensinar tempo verbal para um aluno que não foi alfabetizado.

O que faz sentido? Ensinar o que o aluno precisa. Se ele não tem o fundamento necessário para aprender em profundidade, ensine o fundamento.

Não dá para aprender pulando etapas: o currículo adaptado é direito do aluno com deficiência.