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Bom dia, investidores e investidoras! INÉRCIA: A FORÇA QUE MA | Investidor Iniciante Suno

Bom dia, investidores e investidoras!

INÉRCIA: A FORÇA QUE MANTÉM O UNIVERSO UNIDO

Quando pensamos na história da humanidade, vemos que os eventos que levaram a grandes mudanças se originaram de inovações produzidas pelas pessoas.

Mas o processo de inovação não é natural ou fácil. Ao contrário, ao buscarmos a inovação, precisamos romper uma importante força do universo: a inércia.

O astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630) definiu o conceito de “inércia”, palavra derivada do latim. Significava algo como “inaptidão, ignorância; inatividade ou ociosidade”.

A inércia se refere à resistência à mudança – em particular, a resistência às mudanças no movimento. A inércia pode se manifestar em objetos físicos ou na mente das pessoas.

Aprendemos o princípio da inércia cedo na vida. Todos sabemos que uma força é necessária para fazer algo se mover, mudar sua direção ou pará-lo – inclusive, sabemos quão difícil é acordar cedo naquela manhã fria.

Nosso senso intuitivo de como a inércia funciona nos permite exercer um certo grau de controle sobre o mundo ao nosso redor. Um exemplo ocorre quando pensamos na movimentação dos automóveis.

Sem forças externas, um carro não sairia do lugar. Nesse sentido, é necessária uma força (energia) para fazer o carro se mover e superar a inércia que o manteve parado em uma vaga de estacionamento, por exemplo.

No mesmo sentido, a inércia é a razão pela qual um carro não para imediatamente no momento que os freios são acionados, pois a inércia fará que ele continue se movimentando.

Quanto mais pesado for um veículo, mais difícil será superar a inércia e fazê-lo parar. Uma bicicleta leve para com facilidade, ao passo que um trem de passageiros de oito vagões precisa de muitos quilômetros para conseguir parar.

Esse fenômeno é conhecido como a primeira lei de Newton.

A inércia é a força que mantém o universo unido. Literalmente. Sem ela, as coisas desmoronariam. É também o que nos mantém presos a hábitos destrutivos e resistentes a mudanças.

Para que uma inovação saia do papel e se torne real, uma das primeiras batalhas que devemos vencer é contra a inércia. Mas nem sempre é uma tarefa fácil.

Isso porque é mais fácil permanecer inerte do que gastar energia para produzir algo. A inércia faz que pessoas e empresas fiquem reféns de seus hábitos (às vezes destrutivos), dificultando os processos de inovação.

“O grande inimigo de qualquer tentativa de mudar os hábitos dos homens é a inércia. A civilização é limitada pela inércia”, já afirmava o jornalista Edward Louis Bernays (1891-1995), também conhecido como o “pai das relações públicas”.

Atualmente, no mercado financeiro, podemos perceber que empresas vistas como tech têm a tendência de negociar a múltiplos maiores em relação a empresas que não dispõem de um processo interno voltado à inovação.

Isso ocorre porque empresas de tecnologia têm uma certa facilidade para enfrentar a inércia: elas conseguem produzir inovações mais rápido que outras empresas.

Como no exemplo dos carros, quanto maior for a empresa, mais difícil será para ela superar a inércia e conseguir inovar.

O escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961) tinha um truque para superar a inércia em sua escrita.

Sabendo que começar um texto era sempre a parte mais difícil, ele optava por terminar seu trabalho todos os dias em um ponto em que tivesse impulso para continuar de onde parou – em vez de terminar em um ponto no qual ficaria sem ideias para continuar.

O investidor deve procurar empresas capazes de enfrentar o poder da inércia: no longo prazo, a capacidade de produzir inovações é essencial para a sobrevivência das companhias.