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Desde o início da nossa research (Nov/21), fomos vocais em afi | GA Invest

Desde o início da nossa research (Nov/21), fomos vocais em afirmar que a probabilidade da destruição de valor do IRBR não ter chegado ao fim era consideravelmente alta.

Apesar de diversos conteúdos de influenciadores (e até, pasmem, de analistas certificados) afirmando que as ações estavam baratas e de que se tratavam de oportunidade, continuamos pessimistas em relação ao ativo, visto que enxergávamos relevante destruição de valor nos próximos resultados da companhia. Infelizmente, inúmeros investidores confundiram preço com valor, apostando em uma empresa que ainda possuía diversos "esqueletos" no armário, longe de serem resolvidos. Em nossa opinião, a lição máxima aqui para o pequeno investidor é evitar, a todo o custo, investir naquilo que não compreende.

Dentro do GA PRO, ao ser questionado por alguns assinantes, não hesitamos em oferecer viés NEGATIVO para a empresa, recomendando venda mesmo após a queda de 85% das cotações desde o topo.

Desde nossa recomendação de venda, o IRBR seguiu caindo e agora se encontra aproximadamente a 50% do preço em que recomendamos venda.

Nossa maior ceticismo em relação à tese da companhia se resume a dois pontos: qual seria a rentabilidade recorrente da empresa (após sucessivo endividamento) e o patrimônio líquido da companhia em uma situação "saudável"?

Mesmo analisando e acompanhando a empresa desde 2020, não possuímos as respostas exatas para essas perguntas.

Porém, temos indicativos. Nossa estimativa para o valor patrimonial de IRBR em R$ 1,30 excluindo os ativos intangíveis, que não devem ser precificados em um negócio de resseguros, visto nossa visão de que o setor não possui diferenciação entre os concorrentes.

Seguimos na opinião (desde 2020) que levará um tempo considerável para o IRBR retornar ao patamar das boas rentabilidades, e que dificilmente essa rentabilidade se estabilizará de forma recorrente acima do seu custo de capital (WACC).

Dessa forma, pensamos ser demasiadamente otimista a expectativa de que o IRBR negocie acima do seu valor patrimonial pós ajustes, principalmente considerando a relevante concorrência do setor de resseguros e a baixa diferenciação entre as companhias. Dentro desse setor, a chance de uma seguradora optar por outra resseguradora que ofereça uma taxa de resseguro mais atrativa é altíssima.

No entanto, visto que deixaremos de acompanhar o ativo para focar nas atuais oportunidades de nosso mercado local, preferimos modificar nossa recomendação de VENDA para NEUTRA nesse momento, considerando também que grande parte da destruição de valor da companhia já ocorreu, restando pouco espaço para a ação convergir ao patamar que esperávamos de uma resseguradora endividada e com graves problemas de credibilidade perante o mercado.

Em relação ao aumento de capital, não emitiremos viés, visto que acreditamos que ambas opções são consideravelmente prejudiciais ao pequeno investidor. Caso opte por ficar de fora, o investidor terá diluição relevante de participação na empresa caso seja aprovado (principalmente na faixa mínima R$ 0,67) e, por outro, um aporte considerável do investidor em uma companhia com graves problemas, as quais poucos devem ser resolvidos no curto e no médio prazo.