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Resumo do Resultado A Petrobrás apresentou resultados bem for | GA Invest

Resumo do Resultado

A Petrobrás apresentou resultados bem fortes no 2T22, acima das expectativas do mercado, que já eram otimistas para a empresa.

No 2T22, a receita líquida cresceu 28% em relação ao 1T22 devido, principalmente, à alta de 12% do Brent, ao maior volume de vendas de derivados e de petróleo e aos maiores preços de derivados e gás natural, em um contexto de retomada da demanda mundial por petróleo e derivados após o período crítico da pandemia da COVID-19 e oferta impactada pela guerra na Ucrânia.

No destino de exportações de Petróleo, a Petrobrás aumentou o seu fluxo para a Europa e América Latina, o que permitiu uma precificação mais oportunística para a empresa dado o cenário de desarranjo global. No 2T22, o custo dos produtos vendidos cresceu 19% em comparação com o 1T22, refletindo, principalmente, os maiores preços de petróleo e derivados importados. Além disso, a valorização do Brent contribuiu para o aumento nos custos com participações governamentais.

Com o cenário atual beneficiando a companhia, a Petrobrás apresentou sólido EBITDA de US$ 19,9 bi, um dos maiores da sua história, ao mesmo tempo que os investimento também cresceram (+74% acima do 1T22), apesar do endividamento controlado da empresa: dívida bruta de US$ 53,6 bi, prazo médio de 13 anos e abaixo de 1x dívida líquida/EBITDA, extremamente saudável para a provável geração de caixa futura da empresa.

Visão do GA

O resultado do 2T22 marca, em nossa visão, o fim do turnaround da companhia iniciado em 2016. Em 2016 a Petrobrás era uma empresa sucateada pelo poder público, com péssimos investimentos em refinarias pouco produtivas e com uma das maiores dívidas corporativas do mundo. A partir de 2016, a companhia optou por realizar diversos desinvestimentos de negócios menos rentáveis que a sua operação core, chegando a 2022 em um patamar operacional que poucos especialistas do mercado financeiro previam.

A geração de caixa da companhia está tão forte que é possível manter um plano de investimento robusto (US$ 10 bi, um dos maiores do Brasil), pagar dividendos gigantescos aos acionistas (cerca de 40% de yield nos últimos 12 meses) e ao mesmo tempo reduzir a sua dívida através de desalavancagem. É um período de ouro para uma das maiores companhias brasileiras.

No entanto, acreditamos que o resultado do 2T22 marca o auge em resultados da companhia, visto já observarmos uma retração do Brent para níveis mais saudáveis no 3T22. A companhia seguirá bastante lucrativa, mas longe do patamar operacional observado nos últimos 12 meses, os quais foram os melhores da história da companhia.

Acreditamos que a Petrobrás seguirá racional em seus investimentos, gerando bastante caixa e distribuindo aos acionistas e, por conta disso, seguimos confiante na tese de investimento e seguiremos acompanhando os desdobramentos, realizando o difícil (porém muito recompensador) trabalho de separar os ruídos dos fatos estruturais acerca do negócio da companhia.