2021-09-20 21:00:09
Ibovespa e Wall Street têm forte queda com risco de calote da chinesa Evergrande
O Ibovespa opera em forte queda de 2,95%, a 108.155 pontos, às 14:55h de hoje (20), em meio a crise no exterior e com novas mínimas desde março. O temor global vem, principalmente, do risco de colapso da gigante chinesa do setor imobiliário Evergrande, que tem dívidas superiores a US$ 300 bilhões, e que corre o risco de não pagar os juros de empréstimos bancários que vencem nesta quinta-feira (23). Analistas de mercado avaliam que o possível calote poderia contaminar todo o setor imobiliário no país, que é importante para o seu crescimento e para a manter o ritmo de retomada da economia chinesa. As ações da empresa fecharam em queda de 10,24%.
Contaminadas por essa notícia, também pesam na Bolsa brasileira a Vale, que opera em baixa de 4,96%. O UBS cortou a recomendação para a ação da companhia de 'compra' para 'venda', após estimar que o excedente de minério de ferro de cerca de 150 milhões de toneladas deve crescer em 2022. A Petrobras também recua. Com variação negativa de 3,05%, é afetada pelo declínio do valor do petróleo no exterior.
Outro fator que impacta o mercado interno é a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) desta semana. A expectativa de investidores é que a taxa básica de juros, Selic, seja elevada de 8% para 8,25%. No boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (20), a previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano chegou a 8,35%.
Em Wall Street, os índices também operam em forte queda com preocupações sobre o ritmo da recuperação global. Todos os principais setores do S&P caem na sessão. As ações industriais, financeiras e de energia recuavam entre 1,96% e 4,15%. Gigantes da tecnologia como Microsoft, Alphabet, Amazon.com, Apple e Tesla, que tendem a apresentar desempenho superior ao de seus pares em tempos de incerteza econômica, cedem de 2,14% a 4,02%
Todos os olhos também estão voltados para a conclusão da reunião de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira. Na ocasião, o banco central norte-americano pode estabelecer as bases para redução gradual de estímulos, embora o consenso seja de que o anúncio de corte nas compras de títulos fique para os encontros de novembro ou dezembro.
No Brasil, o dólar é negociado em alta de 0,94%, a R$ 5,3368 na venda, acompanhando movimento internacional de busca por segurança em meio a temores sobre o crescimento global e endividamento da gigante chinesa Evergrande, antes ainda das reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Copom, no Brasil.
Veja o desempenho dos mercados às 14:55h, horário de Brasília:
IBOV: -2,95%, a 108.155 pts
Dólar: +0,94%, negociado a R$ 5,3368
Nova York
Dow Jones: -2,16% / 33.838 pts
S&P 500: -2,14% / 4.338 pts
Nasdaq: -2,58% / 14.657 pts
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