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Na quarta-feira, 29 de setembro, o Luiz acordou bem, tomou seu | Filipenses Quatro Oito

Na quarta-feira, 29 de setembro, o Luiz acordou bem, tomou seu café da manhã e, pouco antes de terminá-lo, começou com uma dor no peito. Após 15 minutos sem melhora, e o início de um formigamento e irradiação para o ombro esquerdo e sudorese, corremos para a emergência mais próxima de casa, em Jundiaí.
Luiz foi rapidamente atendido com o certeiro protocolo de dor torácica, e passou o dia no pronto socorro, até que às 15h veio a confirmação de que a troponina (uma das enzimas específicas que se alteram em caso de infarto) veio elevada, e ele teria de ser internado. Pouco tempo depois, soubemos que a terceira dosagem da enzima veio ainda mais alta, indicando a necessidade de UTI, onde eu não poderia ficar como acompanhante.
Na quinta-feira, pude visitá-lo por 1h, e saí da UTI incomodada com uma morosidade na elucidação de um diagnóstico que exigia agilidade. Para encurtar uma história muito, muito longa, na madrugada de sexta-feira consegui uma vaga para transferi-lo para um hospital em SP, onde ele deu entrada no mesmo dia, pouco depois do horário do almoço, e fez o cateterismo que confirmou um infarto, porém um infarto pequeno, em que não houve necessidade de angioplastia.
Após 24h adicionais em observação na UTI, Luiz teve alta para o quarto no domingo à tarde, quando iniciou também um protocolo de 7 dias de tratamento medicamentoso.
Desde então, estamos aqui, internados, ele e eu . Luiz está muito bem, não teve mais nenhum sintoma. As crianças estão bem, passei o dia com elas na quarta-feira, expliquei tudo o que tem acontecido por aqui, e temos feito chamadas de vídeo para mostrar a cama com controle remoto e as comidinhas do hospital.
Eu estou bem; passei por momentos intensos de angústia, medo e incertezas. Orei como não orava há tempos, e o meu Pai, em seu cuidado, me confortou diante das verdades bíblicas às quais Ele, em sua providência, tem me exposto desde março de 2020, quando Deus colocou em meu coração o desejo de fazer lives devocionais para quem, como eu, estivesse precisando de alento em meio à pandemia.
Eu precisei me lembrar dos atributos de Deus e do quanto Ele detinha o controle, ciência e poder totais e absolutos sobre todas as circunstâncias. Precisei ser confrontada com as verdades sobre o contentamento que vem quando reconhecemos que, se houvesse qualquer circunstância que fosse melhor para mim do que a que estou hoje, Deus já teria me colocado nela. Precisei apanhar de novo com os pecadinhos que se revelaram embaixo do tapete do meu coração ansioso, irado, orgulhoso e invejoso.
Precisei colocar em prática que, em situações difíceis, administrar bem o tempo se resume a simplificar, a pedir ajuda e aceitar ser ajudado, não negligenciar o tempo com o Senhor, e simplesmente fazer a próxima tarefa. Precisei lembrar que, em meio ao turbilhão de informações disponíveis na internet por meio dos nossos celulares, é preciso ter discernimento para filtrar que tipo de conteúdo iremos consumir, de forma que nos leve à tomada de decisões sábias, e não a um terrorismo que aprisiona e paralisa.
E, por fim, fui sustentada pela verdade de que, em meio aos trancos e barrancos que iniciaram essa história, quem estava comigo o tempo todo era o SENHOR, o meu DEUS, que tirou o povo da terra do Egito. O único SENHOR, digno de ser adorado, temido e reverenciado. Lembrei de verdades inabaláveis sobre quem Deus é, que combateram as mentiras que tendemos a acreditar quando as circunstâncias nos abalam. Lembrei de Elisabeth Elliot me ensinando a atrelar a minha alma naquilo que creio ser verdade sobre Deus, para que as circunstâncias não ditem as minhas emoções. E, uau, o que dizer do agir de Deus no livro de Ester, nos mínimos e ordinários detalhes, para que tudo acontecesse conforme o seu propósito?
Ele estava agindo o tempo todo, e está. Louvado seja Deus por tudo.