2021-07-05 04:03:41
Desde os primeiros passos do homem, que se arriscou, saiu das cavernas e foi atrás de melhores terras e comida, a nossa evolução não parou. É da nossa própria natureza humana o incessante esforço em tornar a nossa vida mais segura, mais confortável e mais próspera.
Para evoluir, a nossa atividade é o trabalho. É o trabalho que transforma a árvore em madeira, a madeira em casa, em aquecimento do lar. Se na Física o trabalho significa a transferência de energia a um corpo ou sistema de corpos em razão da aplicação de uma força, no nosso dia-a-dia significa uma ação humana que contribua para a melhora da qualidade de vida das pessoas.
Uma das motivações básicas de se trabalhar é a possibilidade de se conquistar um bem, que por sua vez se tornará próprio. Por isso que se diz que a propriedade privada, sendo estoque de trabalho, é tão sagrada e fundamental, pois foram horas de vida empenhadas para conquistá-la.
Se o trabalho é o nome da atividade realizada para evoluirmos, a grande ferramenta para a realização do trabalho bem feito é a capacidade mental do ser humano, a racionalidade. A racionalidade é a virtude e a ferramenta básica do ser humano para se perceber e integrar os dados vindos da realidade, para formar conceitos e conhecimentos de forma lógica. Negar a realidade ou ser incapaz de integrar conceitos de forma lógica, seja por ignorância ou cegueira voluntária, é o mesmo que rejeitar o único meio de sobrevivência do homem e, portanto, é uma escolha pelo rumo da destruição, do irracional, da anti-mente, da anti-vida.
No entanto, a salva-guarda da racionalidade humana, aquilo que dá sentido à nossa capacidade técnica, ao desenvolvimento da ciência, o que coloca todo o potencial do intelecto humano à serviço das outras pessoas, fazendo a humanidade caminhar em direção a algo inegavelmente melhor, é a Fé.
Não adianta uma sociedade próspera materialmente, mas sem Fé, pois o desrespeito com a vida humana crescerá sem limites, assim como não adianta ter fé, mas abominar a razão, pois se torna um misticismo doentio com rituais em torno da pobreza.
Se tirar a fé e a razão de uma pessoa, o que sobra é um ser que só sabe viver em bando com medo da realidade.
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