2023-04-07 20:24:40
Terço doloroso Meditado pelas revelações de Josefa Mendendez
Primeiro Mistério : Agonia de Jesus no horto das oliveiras
"Foi assim que Eu Me ofereci para realizar a Obra da Redenção do mundo.
"No mesmo instante vi cair sobre Mim todos os tormentos da minha Paixão
as calúnias e os insultos. Os açoites e a coroa de espinhos.... a sede....a Cruz
Todas estas dores se acumularam diante de meus olhos e, ao mesmo tempo, a
multidão de ofensas, de pecados e de crimes que se cometeriam no decurso dos séculos. Não somente os vi mas senti-Me revestido de todos esses horrores...
"E sob este fardo de ignominias, apresentei-Me a meu Pai Santíssimo, para implorar Misericórdia. Então, senti precipitar-se sobre Mim a Cólera de um Deus ofendido e irritado, e ofereci-Me como fiador, Eu, seu Filho, para aplacar sua ira e satisfazer à sua Justiça.
"Mas, sob o peso de tantos crimes, experimentei, na minha natureza humana,
tal angústia e tão mortal agonia que todo o meu corpo ficou coberto com um
suor de Sangue.
Segundo Mistério: A flagelação de Jesus
"Mostrou-se no estado em que O deixaram depois da Flagelação, e esta visão me encheu de tanta compaixão que me parece que de ora em diante ter
coragem para sofrer o que for até o fim de minha vida.
"Dor nenhuma chegará perto sequer da sua Dor... "O que mais me impressionou foram seus Olhos, que são habitualmente tão belos e cujo olhar tanto me fala à alma... Hoje estavam fechados, muito inchados e ensangüentados, principalmente o olho direito. Os cabelos cheios de sangue caiam-lhe sobre o rosto, sobre os olhos e sobre a boca. Estava em pé, mas curvado e atado a alguma coisa, mas eu não via senão a Ele. Suas Mãos estavam amarradas uma à outra, à altura da cintura, e cobertas de sangue, seu corpo sulcado de feridas e manchas roxas, com as veias dos braços inchadas e quase pretas. Do ombro esquerdo pendia um pedaço de carne a destacar-se e também de várias outras partes do Corpo. As vestes estavam a seus pés, rubras de sangue. Uma corda muito apertada segurava à altura da cintura um pedaço de pano tão ensanguentado que não se lhe podia ver a cor!"
"Não posso dizer em que estado O vi... não sei exprimi-lo."
Terceiro Mistério: A coroação de espinhos
"Quando os algozes ficaram fartos de bater, trançaram uma coroa de espinhos, enterraram-na em minha Cabeça e desfilaram diante de Mim dizendo "Rei, nós te saudamos!" Uns Me insultavam, outros batiam-Me sobre a cabeça e cada um acrescentava nova dor àquelas que já esgotavam meu Corpo.
"Contemplai-Me, almas que amo, condenado pelos tribunais, abandonado aos insultos e às profanações da multidão, entregue ao suplício da flagelação e, como se tudo isso não bastasse para me reduzir à mais humilhante condição, coroado de espinhos, coberto com um manto de púrpura, saudado como um rei de escárnio... e tido por louco!...
"Sim, Eu, que sou o Filho de Deus, o Sustentáculo do universo, quis passar, aos olhos dos homens, como o último e o mais miserável de todos.
"Longe de fugir à humilhação, abracei-a, para expiar os pecados de orgulho e arrastar as almas com meu exemplo. Consenti que minha Cabeça fosse coroada de espinhos e que sofresse para reparar os pecados de tantas almas soberbas que recusam tudo que as rebaixe aos olhos das criaturas. "Consenti que Me cobrissem os ombros com um manto de escário e Me tratassem como louco, a fim de que muitas almas não desdenhassem seguir-Me numa trilha que o mundo julga vil e baixa e que lhes parece indigna de sua condição.
Quarto Mistério: A subida dolorosa
A multidão Me escolta... os soldados Me cercam como lobos vorazes, ávidos por devorar a presa, e nenhum tem pena de Mim!
"O cansaço é tão grande e a Cruz tão pesada que calo desfalecido no meio do caminho... Vede esses homens desumanos levantarem-Me brutalmente um Me puxa por um braço, outro pelas vestes que estão coladas às minhas Feridas... este Me aperta a garganta... aquele Me agarra pelos cabelos... outros descarregam sobre Meu Corpo murros e pontapés. A cruz cai sobre Mim, magoando-Me com seu peso. As pedras do caminho rasgam-Me o rosto... A areia e a poeira
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