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RELICÁRIO FILOSÓFICO | Na luz do Evangelho

RELICÁRIO FILOSÓFICO


A ideia não é ser perfeito, é ser feliz.
Não é deixar-me levar no sabor do vento mas saber que há momentos em que a vida me pede paragem e observação. Me pede para entender aquilo que ela me vai deixando gravado nas entrelinhas do tempo.
Entre algumas paragens e muitas observações, vou percebendo que vivemos grande parte dessa mesma vida em busca de algo que não existe. Entre idealizações e pensamentos previamente concebidos e formatados, lá vamos tropeçando nos buracos da frustração, essa bandida que obriga a reavaliar o percurso e traçar novas metas, porque afinal aquilo que parecia inatingível vai vagueando entre o lugar comum e o vulgar.
Esquecemos constantemente que a perfeição reside no sem número de imperfeições da qual somos feitos. Que, a cada vez que a almejamos, acrescentamos mais uma molécula imperfeita a esse rol incompleto construído à nascença e desbravado vida fora. Esquecemos também que é esse mesmo sem número de imperfeições que faz de nós seres únicos, perfeitamente adaptáveis à imperfeição alheia.
Não, a ideia não é nem nunca foi ser perfeito, a ideia é encontrar partículas de felicidade no meio de tanta imperfeição. É, em consciência, ser mais e melhor sob a perspetiva de que somos todos diferentes e que a cada instante, tudo que nos afasta da nossa essência pode simplesmente ser melhorado. A ideia é não deixar que nos transformem em seres erráticos, desprovidos de qualquer sensibilidade, incapazes de discernir a racionalidade da ambição. De não perceber que as pequenas, mas mais brilhantes, centelhas de felicidade se escondem na perfeição de um Mundo imperfeito.

Porque a ideia é mesmo, tentar nele, ser feliz.
@evangelhodejesus