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O amor segundo Tamara Tenenbaum: “O casal já não é o centro de tudo”

Na comunidade de judeus ortodoxos onde Tamara Tenenbaum (Buenos Aires, 32 anos) foi criada, a partir dos 12 anos as meninas não podiam ter nenhum contato com os homens. “Não nos cumprimentávamos com um beijo, não podíamos brincar de nada que implicasse nos tocar, não nos apertávamos as mãos. Daí direto para o casamento. Os namoros ortodoxos não têm abraço, nem carícias, nem beijos”, descreve no ensaio El Fin del Amor. Querer y Coger(“o fim do amor – amar e transar”, inédito no Brasil). No mundo laico que conheceu a partir do ensino médio, havia muito mais liberdade, mas ser um casal parecia ser “a única forma de entender o amor”. Hoje, esta filósofa, professora, poeta e jornalista considera que esse paradigma está sendo cada vez mais questionado e defende “a existência de milhares de alternativas, milhares de formas de ser feliz e conviver”.

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SEM MEDO DE UMA GRAVIDEZ INDESEJADA

Tamara Tenembaum acredita que poucas argentinas deixavam de abortar quando a prática era ilegal – “Estimava-se que eram praticados 450.000 abortos por ano – mas, com a legalização recém-aprovada, o temor desaparece. Esse era um de meus grandes medos quando adolescente: Para quem ligamos? Com quem se fala? Um dia minha mãe nos escutou falando do assunto e nos disse: ‘Claro que ligam para mim, nem pensem em procurar qualquer telefone, suas ridículas’. Imagino agora adolescentes crescendo sem esse medo, sabendo que se engravidarem podem fazer [o aborto]. Isso é muita coisa.”