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As colheitas mantinham-se e o trabalho permanecia obrigatório, | Cristãos pela Pátria ✝️🔰

As colheitas mantinham-se e o trabalho permanecia obrigatório, mas não havia mais redistribuição e os camponeses passaram a estar proibidos de comprar alimento. A comida pura e simplesmente desapareceu. Para garantir que ninguém fugia a este plano demoníaco, Stalin proibiu o êxodo dos camponeses para a cidade.

Como represália pelo fracasso no plano megalómano que ele mesmo ordenara, Stalin usou a fome para castigar o povo ucraniano. Entre Setembro e Novembro de 1932, bloqueou completamente o fornecimento de alimentos à população rural da Ucrânia (mais de 75% do seu total). As colheitas mantinham-se e o trabalho permanecia obrigatório, mas não havia mais redistribuição e os camponeses passaram a estar proibidos de comprar alimento. A comida pura e simplesmente desapareceu. Para garantir que ninguém fugia a este plano demoníaco, Stalin proibiu o êxodo dos camponeses para a cidade, interditando também a sua circulação através da rede de comboios. Tal servos da gleba, os camponeses ucranianos estavam obrigados a permanecer nas suas terras, inevitavelmente condenados a morrer à fome nas aldeias geladas da Ucrânia soviética. Qualquer roubo da mais pequena semente de trigo era condenado, ao abrigo da famosa “lei das cinco espigas”, a dez anos num campo de trabalho forçado (gulag) ou mesmo à pena capital, normalmente executada no local. As conexões com o mundo urbano foram cortadas e os jornalistas proibidos de visitar o campo ucraniano. Aquele povo estava a morrer à fome, mesmo produzindo mais do que nunca.

Em apenas de um ano, morreram milhões de ucranianos (as estimativas variam entre os 4 milhões de mortos e os 12 milhões, que significavam, respectivamente, 12,5% e 37,5% da população total da Ucrânia) da forma mais lenta e desumana, de fome. Famílias inteiras arrasadas, crianças que nasceram sem vida, milhares de seres humanos deixados no chão ao abandono, corpos que nada mais eram do que a pele colada ao osso. Tudo por capricho, vaidade e vingança de Stalin, que, para mostrar que era o líder supremo e omnipotente da URSS, ordenou um dos maiores massacres humanos de que há memória. Nunca num tempo tão curto tanta gente foi morta por tão pouco. Este autêntico genocídio do povo ucraniano foi baptizado de “Holodomor”, que advém da expressão ucraniana “Морити голодом”, que significa “matar pela fome” e foi executado enquanto em grande parte do Ociente se louvava o suposto “milagre económico soviético”, como foi designado por Walter Duranty, conceituadíssimo jornalista do New York Times e prémio Pulitzer, que era, no entanto, negacionista do Holodomor e colaborador próximo de Stalin.

Enquanto 40 milhões de pessoas passavam fome e muitos deles acabavam mesmo por padecer, a URSS exportava trigo como nunca antes se vira, chegando aos 5.170.000 de toneladas (grande parte vinda da Ucrânia) vendidas ao estrangeiro. Fazia assim transparecer para o exterior uma imagem de vitalidade e progresso económico, enquanto a realidade interna era bem diferente. Em 1933, a produção ucraniana representou cerca de 32% do total soviético, sendo, de longe, a província mais fértil, próspera e rica de todo o território da URSS. Contudo, embora continuassem a exportar, os kolkhozes ucranianos não recebiam sequer uma ínfima parte do alimento que produziam. Mantinham-se, por ordem do governo, esfomeados e cada vez mais frágeis.

O pior do Homem veio ao de cima, não por maldade, mas por sobrevivência. Tudo era motivo para conseguir um pão. Denunciava-se a própria família, inventavam-se mentiras sobre os vizinhos, compactuava-se com os piores crimes do Exército. Por uma fatia de pão.

Pelos motivos aparentemente mais insignificantes, centenas, se não milhares de camponeses, foram expostos às maiores torturas e condenados às penas mais horríveis. Numa carta ao próprio Stalin, o oficial soviético Mikhail Cholokhov descreve a violência policial e do Exército Vermelho contra o povo ucraniano (“E eis alguns dos métodos empregados para obter essas 593 toneladas, das quais uma parte estava enterrada… desde 1918! O método do frio… Os kolkhozianos são despidos e