2021-12-14 18:06:36
Salve Maria Puríssima!
Necessidade da mortificação externa:
Como pobres filhos de Adão, devemos lutar até a nossa morte, pois "a carne deseja contra o espírito e o espírito contra a carne" (Gál 5, 17). ⠀
Em vista disso, devemos tratar o nosso corpo como um cavaleiro trata um cavalo bravio, puxando-lhe fortemente a rédea para que não o derrube, ou como o médico que, estando a tratar de um doente, prescreve remédios que lhe são desagradáveis e proíbe-lhe comidas e bebidas nocivas, que ele apetece. Sem dúvida alguma, seria cruel um médico que permitisse ao doente deixar os remédios prescritos por serem amargos e tomar outros, nocivos, por lhe agradarem. Quanto maior não é, pois, a crueldade de um homem sensual, que quer poupar a seu corpo todos os desgostos nesta vida, e expor, assim, sua alma e seu corpo, ao perigo de ter que sofrer por toda a eternidade penas imensamente maiores.
Se queremos, portanto, agradar a Deus e alcançar a salvação, devemos corrigir nosso falso gosto: devemos achar satisfação naquilo que a carne detesta e desprezar aquilo que ela apetece. Isso significou Nosso Senhor Nosso Senhor a São Francisco de Assis, dizendo-lhe: "Se me desejas ter junto de ti, deves ter como amargo o que é doce e como doce o que é amargo". ⠀
O mundo e o demônio, são, em verdade, grandes inimigos da nossa salvação; contudo, o maior de todos é o nosso corpo, porque ele mora conosco. "O inimigo que mais nos prejudica é aquele que mora conosco em casa", diz S. Bernardo. Os mais perigosos inimigos de uma fortaleza sitiada são aqueles que se acham no seu interior, pois é muito mais difícil se defender contra estes que contra os que estão fora.
Escola de perfeição cristã, Santo Afonso Maria de Ligório
39 viewsHélio Maria, 15:06