2021-11-01 03:20:16
Via “Brazil Imperial”
O Bispo Abolicionista do Rio Grande do Sul
Dom Sebastião Dias Laranjeira (1820-1888) ingressou no Seminário da Bahia, do Arcebispo Dom Romualdo de Seixas, de onde aos 23 anos de idade saiu ordenado sacerdote.
Em 1857, partiu para Roma, onde o jovem sacerdote iniciou seus estudos em legislação eclesiástica, hoje chamado de Direito Canônico, na Universidade La Sapienza.
Em 1860 após aceitar sua nomeação ao Episcopado da Província do São Pedro do Rio Grande do Sul, pelo Imperador, foi ordenado bispo Dom Sebastião na Capela Sistina pelo próprio Papa Pio IX.
Sua vida como Bispo foi pautada por decisões e posicionamentos sempre claros. Lazarista e Ultramontano, se solidarizou com os bispos de Belém e Recife: Dom Antônio de Macedo Costa e Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira na Questão Religiosa com a Maçonaria. Defendia a Catecismo entre a população como forma de combater o crescimento do Espiritismo e do Protestantismo
Abolicionista, destacou-se muito no combate à escravatura no Sul. O próprio D. Sebastião condenava a escravidão e em conjunto com a Irmandade do Rosário dos homens pretos de Porto Alegre, aproveitou algumas ocasiões solenes para o anúncio da liberdade de escravos, tornando pública a sua posição. Foi co-fundador da Sociedade Abolicionista Floresta Aurora, que anunciava a Alforria de Escravos nas Missas Solenes
Sua influência pública contribui para a Abolição da Escravidão no Rio Grande do Sul em 1884, anos antes da Lei Áurea. Publicou carta pastoral a respeito ,conclamando os rio - grandenses para a definitiva extinção do regime escravocrata em Todo Brasil, e que era vontade de Deus.
Embora sempre muito doente, estava convicto de que não partiria sem ver a libertação dos escravos de Todo o Brasil. Pois, foi o que aconteceu, noventa dias depois da abolição da escravatura, no dia 13 de agosto de 1888, faleceu aos 68 anos de idade. Fonte: Irmandades religiosas, devoção e ultramontanismo em Porto Alegre no bispado de Dom Sebastião Dias Laranjeiras (1861-1888) / por Mauro Dillmann Tavares. – 2007./DOM SEBASTIÃO E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA. Revista do Instituto Histórico e Geográphico do Rio Grande do Sul
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