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Por: Fúria e Tradição Talvez a primeira coisa que precisamos | Clube dos Homens

Por: Fúria e Tradição

Talvez a primeira coisa que precisamos entender é que para o aprendizado do filho, o pai não basta. O filho está há muito pouco tempo vivendo, então tentar compreender suas existência e quem ele é baseado unicamente na sua própria história é impossível, pois esse pouco tempo não é suficiente para compreender quem você é.

Por isso durante a vida os homens coletam sugestões de outros homens sobre os elementos básicos dos relacionamentos masculinos, sobre como homens agem uns com os outros e como lidam com a vida.

Um menino necessita e obtém mensagens de outras partes a respeito dos mistérios da masculinidade: e, embora cada novo homem em sua vida possa acrescentar mais profundidade e amplitude à compreensão de si mesmo, lições poderosas são aprendidas no seio familiar.

Quando o menino olha a sua volta à procura de modelos masculinos, ele encontra no avô um modelo significativo para seu desenvolvimento e o grande atrativo no avô vem do fato de não estarem envolvidos no emaranhado emocional e na competição que existe entre ele e seu pai.

Se a fonte do poder masculino nos foi transmitida pelo pai, presumimos que o homem acima dele, o pai dele, deve possuir poderes múltiplos. Somos atraídos para nossos avôs por uma ligação com nossa linhagem masculina, e uma chave para para compreender nossos pais e a nos mesmos. Queremos garantir e sentir assegurado a continuidade de seus nomes e sabedoria.

O avô talvez seja o único homem com quem estamos livres de lutas de poder, competição e ego. Pois a diferença de gerações responde por uma relativa falta de suposições e expectativas com referência àquilo que constitui o sucesso no mundo, justamente os fatores que estabelecem o conflito entre pai e filho. E isso confere a neutralidade emocional entre avô e neto.

Enquanto o pai luta para estabelecer e definir seu poder e posição no trabalho, o avô tende a encontrar-se numa fase estável da vida em que ele não precisa mais provar nada, pois sua geração já "está no comando", com seu papel na hierarquia familiar já assegurado, deixando a competição fora de questão.

Ou então pelo avô ser visto como dependente e fisicamente fraco, o menino não sente a ameaça de ser subjugado e por isso se sente livre para abrir o coração e expor medos e esperanças ao avô.

Deste modo, embora o menino possa se sentir atraído pelo poder do avô, é exatamente a ausência de competição pelo poder que torna a relação tão recompensadora e isenta de conflitos, possibilitando que os jovens aprendam questões relevantes da vida com os avôs. E, talvez o mais interessante, a aproximação com o avô é uma forma de aproximação com o pai.

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