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Morning Call: Mercados globais caem pelo terceiro dia, na espe | 🔊📈 Central do Investidor / Mercado Financeiro, Política, Geopolítica, História e Economia

Morning Call: Mercados globais caem pelo terceiro dia, na espera do payroll

As ações asiáticas encerraram a sexta-feira em baixa generalizada pela terceira sessão consecutiva, mesma direção apontada pelos futuros em Wall Street, enquanto os investidores aguardam por outra rodada de números de empregos nos EUA (payroll) para avaliar se os dados apoiam ou não, novas apostas para mais aumentos nas taxas por parte do Federal Reserve.

As ações recuam na Europa, também pelo terceiro dia, puxadas pelas ações de serviços públicos e mídia, já que o índice de referência regional se encaminha para sua pior semana desde meados de março. Os futuros de ações dos EUA sinalizam mais das perdas vistas na quinta-feira nos benchmarks S&P 500 e Nasdaq, após dados de contratação privada mais fortes do que o esperado.

Os investidores aumentaram as apostas de mais aumentos de juros depois que dados do ADP Research Institute nesta quinta-feira mostraram que as empresas dos EUA criaram o maior número de empregos em mais de um ano no mês de junho. Neste sentido, o payroll desta sexta-feira será ainda mais fundamental para qualquer revisão nas expectativas de aumento de juros.

Os contratos de swap vinculados às futuras decisões políticas do Federal Reserve precificam quase totalmente um aumento de um quarto de ponto na taxa de juros até 26 de julho e mostram uma probabilidade crescente de um movimento adicional até o final do ano. Essa expectativa de taxas mais altas está reforçando as apostas em uma política monetária mais rígida globalmente, enquanto os bancos centrais lutam para conter a inflação.

De volta à Ásia, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, manteve conversas informais com o ex-vice-primeiro-ministro da China, Liu He, e com o presidente do Banco Popular da China, Yi Gang, ao iniciar dois dias de negociações destinadas a estabilizar os laços tensos entre as duas superpotências.

Os investidores também permaneceram atentos a qualquer decisão de estímulo do governo chinês depois que o primeiro-ministro Li Qiang prometeu “não poupar tempo” na implementação de uma série de políticas direcionadas para fortalecer a recuperação econômica do país.

Por aqui, em uma votação histórica após 35 anos de tentativas sem sucesso, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da proposta de reforma tributária, que promove mudanças no sistema de impostos do país. O resultado da votação foi expressivo, com 382 votos a favor e 118 contrários no primeiro turno, e 375 votos a favor e 113 contrários no segundo turno, encerrado pouco antes das 2h desta sexta-feira. Para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), eram necessários 308 votos.

A análise dos destaques, que são pedidos de alteração, continuará na Câmara a partir das 10h desta sexta-feira. Após a conclusão da votação, o texto será encaminhado ao Senado.

A PEC 45 propõe alterações na tributação dos impostos sobre o consumo de bens e serviços, introduzindo três novos impostos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá o PIS, Cofins e o IPI, que são impostos federais; e o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Esses novos impostos entrarão em vigor em 2026, com um período de teste, e terão vigência plena a partir de 2033.

O modelo de cobrança será o do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que acaba com a tributação em cascata. Outro pilar da reforma é a mudança da tributação do consumo (onde o bem ou serviço é produzido) para o destino (onde é consumido) -- a fim de acabar com a chamada guerra fiscal entre Estados.

t.me/centraldoinvestidor