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Morning Call: Futuros em Wall Street operam estáveis; trigo dispara após novo ataque na Ucrânia
As ações asiáticas encerraram a terça-feira em um cenário misto, entre perdas e ganhos, enquanto os futuros em Wall Street operam no terreno positivo, muito próximos da estabilidade, após um aumento surpreendente na taxa de juros do banco central da Austrália.
As ações de tecnologia vão pesando negativamente no Stoxx Europe 600 Index, após uma queda nos EUA depois que a Apple revelou seu novo headset de realidade mista a um preço exorbitante (US $3.499), testando o poder de marketing da companhia.
O dólar australiano avançou 1% e o rendimento das notas do governo de três anos, mais sensível à política monetário, ficou cerca de seis pontos-base mais alto depois que o Reserve Bank of Australia disse que a inflação ainda estava muito alta e uma política monetária mais rígida pode ser necessária.
Nos mercados de commodities, o trigo disparou depois que a Ucrânia disse que as forças russas explodiram uma represa gigante no sul do país, desencadeando uma torrente de água que ameaça milhares de pessoas e representa uma ameaça potencial aos suprimentos de grãos do Mar Negro. Os preços subiram até 3% na terça-feira, estendendo sua alta em relação à mínima de 30 meses na semana passada.
Enquanto isso, o dólar enfraqueceu em relação a todos os seus pares do G10. O Tesouro dos EUA iniciou nesta segunda-feira sua inundação de emissão de notas, que viu os compradores invadirem os leilões de três e seis meses, um movimento que deve drenar uma boa fatia da liquidez do sistema financeiro.
Por aqui, no Dia do Meio Ambiente, o governo lançou um programa com um investimento de R$ 1,5 bilhão com o objetivo de reduzir os preços de carros populares, caminhões e ônibus, além de estimular o crescimento da economia brasileira por meio do aumento do crédito.
Também foi anunciado o programa de renegociação de dívidas para pessoas físicas, chamado Desenrola, que havia sido prometido durante a campanha eleitoral e entrará em vigor a partir de julho.
O desconto para carros de passeio irá variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil, enquanto para ônibus e caminhões, os descontos serão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.
Inicialmente, o programa tinha como objetivo principal a redução dos preços de carros novos com valor de até R$ 120 mil, visando resgatar o conceito de "carro popular".
No entanto, ele foi reformulado para abranger também caminhões e ônibus, visando promover uma abordagem mais sustentável. Isso ocorre porque, no caso dos ônibus e caminhões, os veículos em circulação há mais de 20 anos serão retirados das ruas.
Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a proposta é retirar os veículos com mais de 20 anos de uso das ruas e estradas, incentivando a reciclagem e o aproveitamento dos materiais, especialmente do aço.
Para se beneficiar do programa, os proprietários dos veículos terão que comprovar o tempo de licenciamento e a destinação adequada dos mesmos para reciclagem.
t.me/centraldoinvestidor
