2021-10-27 14:00:11
Na live de ontem, eu
conversei com a pedagoga e educadora parental Aline França sobre como construir Diálogos Conscientes com a Escola.
Nela, eu contei um pouco da minha experiência recente com a escola nova da Nara, que ela está frequentando há quase 2 meses, e que tem sido desafiadora porque estou percebendo que tem valores que são muito diferentes dos meus.
Já tive quatro conversas com a tutora dela em que pedi para que a tratassem de outra forma (permitindo que fosse ao banheiro sempre que solicitasse ou que comesse apenas a quantidade de comida que dissesse aguentar, por exemplo). Algumas mudanças já aconteceram por conta disso, mas também notei que houve resistência, porque a filosofia da escola é outra.
Dói no meu coração que tenhamos sido desrespeitados na infância e não reconheçamos isso. Foi tão naturalizada a violência que sofremos que hoje não acreditamos que estamos desrespeitando a criança, pelo contrário, achamos que estamos educando ela da melhor maneira quando a forçamos a comer, a obrigamos a segurar o xixi ou o cocô, promovemos o desfralde coletivo, deixamos sem recreio porque não fez a lição, colocamos no cantinho do pensamento porque bateu no amigo ou teve qualquer outro comportamento inadequado.
Sei que é difícil mudar essa realidade, a grande maioria das pessoas acreditam mesmo que é dessa forma que vamos educar a criança e questionar as escolas que vão por esta linha parece ser ingenuidade.
Será que alguém vai nos ouvir? Será que tem abertura do outro lado para considerar rever essa forma de ver a educação?
Mas cruzar os braços também pode ser uma postura cômoda e conivente. Eu confesso que tenho muita dificuldade para me colocar em situações em que vou trazer alguma crítica. Minhas feridas da rejeição e do abandono me deixam insegura e, por conta disso, tenho consciência que expor minha opinião me deixa desconfortável e tendo a evitar esse movimento.
No entanto, me sinto na obrigação de defender minha filha.
Como posso fechar os olhos para essas violências? Será que não tem um jeito de estabelecer um diálogo consciente que cutuque de forma amorosa o coração dos educadores?
Ontem uma mãe comentou na live: a
s escolas preferem perder o aluno que dar ouvido aos pais que questionam. Mas e se começarmos a ampliar nosso grupo de pais inconformados? As escolas precisam atualizar seus conhecimentos e essa demanda pode ser gerada por nós, pais.
Se vocês querem saber como promover esse diálogo consciente com a escola dos seus filhos, assistam à reprise da live que fiz ontem com a Aline e me ajudem a repassá-la a mais famílias.Vamos ampliar nosso grupo para que mais pais se animem a apresentar seus valores para as escolas em prol do bem estar das crianças.
501 viewsMaíra, 11:00