Get Mystery Box with random crypto!

Meus amores! Quero compartilhar com vocês o texto que vou man | 💗 Maíra | Canto Maternar 💗

Meus amores!

Quero compartilhar com vocês o texto que vou mandar hoje para a minha newsletter porque tem uma reflexão que pode inspirar vocês.

Já faz um tempo que eu notei que uma das coisas que me incomodavam na Nara é quando ela ficava se movimentando pra lá e pra cá enquanto conversava comigo (é uma cena que se repete muito quando estou preparando algo na cozinha e ela fica atrás de mim zanzando de um lado pro outro).

Me vinha uma vontade de mandar ela parar, como se ela estivesse fazendo algo de errado que eu precisasse consertar nela. Também percebia que eu ficava meio tensa e zonza, desejando me livrar de um desconforto que surgia dentro de mim.

Mas, como eu vivo me trabalhando internamente, nessas horas eu já sei parar e me colocar como observadora da situação com um olhar curioso. Seguro a onda da minha criança interior (porque sei que ela é que fica angustiada com a cena) e me questiono: por que me incomoda minha filha fazer isso? Eu estudo a natureza da criança e sei que é normal ela se movimentar desse jeito, não tem nada de errado com ela.

Ficou claro para mim que minha aflição vinha de uma dor da minha criança interior, que com certeza foi impedida de se movimentar com liberdade, que inibiu muito do seu movimento para agradar os adultos ou se proteger de algo que lhe acontecia quando agia assim (castigos? broncas? rótulos?).

Nossos filhos constantemente nos dão a oportunidade de identificar aquilo que em nós precisa ser trabalhado. Eu falei disso no novo episódio da Tenda Materna, que já está no ar. Eu e a Clarissa tivemos uma conversa linda sobre Crianças de Movimento com a Cecilia Antipoff, que é psicóloga e mãe do Ian e da Mel.

A Cecilia vem abordando há tempos o tema das Crianças de Movimento no seu trabalho e também está prestes a lançar um livro sobre este assunto. Um dos motivos de ela se interessar por isto é por sua experiência pessoal com o filhote dela, o Ian, de 3 anos e meio, que é do movimento.

Ter uma criança que não para quieta, tão "fora do padrão" do que é esperado pela sociedade adultizada em que vivemos é um desafio que requer muita desconstrução interna.

Será que a criança se movimentar muito é um problema ou nós é que estamos muito desconectados na nossa própria natureza?
Quem de verdade precisa de "conserto"?
Quantas crianças têm sido incompreendidas e desrespeitadas por conta de expectativas injustas com elas, por ignorância dos adultos?
Quantas têm sido diagnosticadas e medicadas erroneamente para encaixarem num padrão que inibe essa característica da natureza delas?

Mesmo que você não tenha uma criança de movimento em casa, te convido a escutar o novo episódio para abrir sua cabeça, porque você pode conviver com uma e se questionar se é normal ela ser assim.