2021-03-11 15:52:15
Quinta-feira, 11 de março de 2021.
Bom dia, chegou o seu detox matinal:
Os mercados de ações têm apresentado volatilidade considerável. A alternância diária entre teses de crescimento (nova economia) e teses de valor (economia tradicional) proporciona um aroma de incerteza adicional.
Os estímulos ao redor do mundo, o ruído inflacionário, a saturação da política monetária e os valuations esticados provocam dúvidas nos financistas. No final, a perspectiva de normalização da economia, por melhor que seja, tem tido a capacidade também de afetar o mercado negativamente.
Ficou para hoje (11) a votação do segundo turno da PEC Emergencial na Câmara, que ontem dedicou tempo para votar os destaques. Sob a ótica positiva, foi derrubado o destaque do PT que suprimia o trecho da PEC Emergencial prevendo o congelamento dos salários. A indecisão sobre esse ponto ao longo do dia deixou o mercado em dúvida sobre a nova composição de Bolsonaro no Congresso.
O movimento mais importante dos primeiros cem dias de governo Biden foi concluído ontem pela Câmara dos Representantes, que deu sinal verde ao plano de estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão, abrindo caminho para um dos maiores pacotes de ajuda na história dos EUA.
Anote aí:
No Brasil, a novidade do dia é o índice oficial de inflação ao consumidor, o IPCA. Ainda que o indicador não deva mudar o prognóstico de alta da Selic no próximo encontro do BC, uma medida muito acima do esperado pode migrar uma parcela das apostas, hoje mais concentradas entre 25 bps e 50 bps, para algo mais agressivo, entre 50 bps e 75 bps.
Dados mistos no exterior, da China (acima do esperado) e dos EUA (abaixo), não ajudam em nada para termos uma maior sensibilidade do momento. Por falar em exterior, hoje teremos os tradicionais dados iniciais de pedidos de seguro-desemprego nos EUA, diante da enorme capacidade ociosa no mercado de trabalho americano.
Na Europa, por sua vez, toda a atenção ficará sobre a reunião do BCE, que define sua taxa de juros hoje.
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