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Radar Diário de Ações | 05/07/23

Telecom & Tecnologia

Intelbras (INTB3); COMPRA; Preço-alvo R$ 38,00

Segmento solar pode frear o crescimento...

Esperamos que a Intelbras reporte resultados fracos no 2T23, com receita consolidada crescendo apenas 1,3% a/a (diminuindo ligeiramente t/t) por conta de uma operação mais fraca no negócio de Energia.

Os resultados de Segurança e Comunicações devem ser sólidos (juntos respondendo por 77% das receitas do 2T23E), com receita líquida de Segurança em R$ 561 milhões (+16,4% a/a e +5% t/t) e Comunicações em R$ 233 milhões (+20% s/s).

Mas, infelizmente, a história é muito diferente no segmento de Energia, onde as receitas já decepcionaram no 1T23, caindo 8% a/a organicamente, apesar de janeiro ter sido um mês forte devido aos ventos positivos de demanda persistente do 2S22 (prévia à mudança de subsídio).

Como acreditamos que o 2T23 seguiu as mesmas tendências fracas de fevereiro e março, esperamos que as receitas de energia caiam 15% t/t e impressionantes 31% a/a para R$ 236 milhões.

Margens saudáveis devem aliviar o sentimento negativo por conta do menor crescimento

Depois de um 1T23 muito forte em termos de margens, os investidores têm nos questionado repetidamente sobre a sustentabilidade das margens entregues no último trimestre, especialmente em meio à recente valorização do real. Mas esperamos que as margens surpreendam para cima novamente. Modelamos a expansão em todos os segmentos. As margens de segurança devem atingir 35,8% (+60bps a/a), com as margens de Comunicações em 30,7% (+90bps a/a).

No negócio de Energia, esperamos uma maior proporção de Energia nos números consolidados para compensar parcialmente as margens menores no negócio Solar, levando a uma margem de 22,1%.

Acreditamos que a margem EBITDA chegará a fortes 13,6% (+190bps vs. 2T22 e caindo apenas 30bps t/t), com o EBITDA crescendo 18% a/a. Por fim, projetamos um lucro líquido de R$129 milhões.

Apenas um obstáculo na estrada; empresa de alta qualidade com um histórico impecável

É inegável que nossa prévia de resultados pode ser frustrante, especialmente considerando que a Intelbras historicamente sempre se superou em crescimento. Seis meses atrás, a empresa acreditava que poderia entregar um crescimento de aproximadamente 25% no segmento de energia este ano.

Mas agora está claro que veremos uma queda (modelamos R$ 1,06 bilhão, uma queda de 25% a/a), pois as operações do segmento (depois que a demanda foi antecipada antes da mudança nos subsídios) está se mostrando muito pior do que o esperado. Mas os outros segmentos (77% do faturamento) estão indo muito bem, e o negócio Solar continua fazendo sentido.

Estamos em meio a uma tempestade perfeita de
i) altas taxas de juros,
ii) bancos mais cautelosos na originação de crédito,
iii) operação do solar mais fraca após a mudança de subsídio; e
iv) preços de energia deprimidos.

Acreditamos que os maiores players ganharão participação devido a essa “tempestade” e conseguirão captar uma parcela maior do “capex futuro” do segmento.

Acreditamos que 2023 é apenas um ponto fora da curva na estrada (o forte desempenho de Segurança e Comunicações em meio ao cenário atual é uma prova disso), e a Intelbras continua sendo um bom veículo de investimento para investidores com um horizonte mais longo.

Mesmo simulando um cenário muito pessimista para o segmento Solar em 2023, atingimos o bottomline de R$ 550 milhões, implicando 15x P/L 2023E.