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#macro BTG | Macro & Estratégia

Bottom line:

No lado da demanda, o varejo americano agregado apresentou avanço de +0,3% m/m (em termos nominais) em maio, mais forte do que esperado. Por sua vez, o núcleo do varejo – que exclui itens de consumo mais voláteis – desacelerou mais do que o esperado (+0,2% m/m vs 0,6%), já considerando a revisão baixista do mês anterior.

Em termos setoriais, o resultado (nominal) não foi totalmente disseminado entre os setores, com destaque para gastos com veículos automotores (+1,4% m/m), lojas de departamento (+0,3% m/m) e o segmento mais ligado a serviços de alimentação (0,4% m/m). Por outro lado, no campo negativo, destaque para postos de gasolina (-2,6% m/m) e lojas diversas (-1,0% m/m), ao passo que o vestuário (0,0% m/m) permaneceu neutro no período.

Já no lado da oferta, a indústria recuou 0,2% m/m em maio e embora abaixo do consenso (0,2%), destacamos a revisões de abril (+0,51%, de +0,48%) e março (+0,15%, de +0,05%), neutralizando a queda na margem. Por sua vez destaque para os níveis de utilização da capacidade instalada (-10 bps).

O resultado foi misto dentre as categorias econômicas, com bens de consumo duráveis avançando +0,3% m/m, puxado por itens da indústria automotiva (+0,1% m/m) e eletrodomésticos e móveis (0,5% m/m), ao passo que não duráveis recuaram neste mês (-0,2%), com grande participação de itens de vestuário (-1,6% m/m) e alimentos (-0,4%). O setor extrativo perdeu força em maio (-0,4% m/m), após dois meses seguidos de crescimento.

E para frente?

Com os dados atuais, o varejo teve uma piora no seu carrego para o 2T23, agora de -3,40% t/t anualizado em termos reais (ou -0,9% t/, assumindo nossa projeção para o deflator PCE em maio), reflexo do enfraquecimento deixado pelo final do 1T23, mas também da expectativa de uma acomodação do consumo de bens nos próximos meses. O resultado é uma boa proxy para a performance do PCE de Bens (dado de despesas das famílias), que mostrou recuperação no início do ano e sustentou uma aceleração do PIB no período – o que não ocorrerá novamente no curto prazo.

Por sua vez, no lado da indústria, a despeito da surpresa negativa em maio, dado as revisões passadas, ainda temos um carrego de 2% t/t anualizado para o 2T23, acelerando em relação ao 1T23, embora o setor já conte com indicadores antecedentes apontando para um menor crescimento no segundo semestre. As condições financeiras em patamar restritivo seguirão limitando o crescimento dos setores mais sensíveis aos juros e as condições de crédito nos próximos meses.