2021-08-04 21:09:46
Todos os dias seu cérebro é bombardeado com milhares, quiçá milhões de informações sensoriais. Imagens, sons, cheiros, e ele precisa processar e descartar e reter aquilo que couber no pódio de cada categoria. O trabalho não é fácil para esse pequeno guerreiro esponjoso.
O que merece nossa atenção é uma parte muito pequena do que vemos ao longo do dia. Pode ser que você se lembre de 1, 2 ou 3 elementos sobre o que aconteceu ontem, talvez menos a depender do dia.
E é por isso que você precisa sinalizar ao cérebro o que é importante, para que ele possa reter. O simples fato de você estar enfadado(a) olhando pro relógio a cada 10 segundos esperando uma aula acabar não é (ó, que surpresa!) suficiente para dizer ao seu cérebro "ô doidão, vou precisar disso em 70 dias, ok?".
E me espanta a quantidade de pessoas que ainda pensa (erroneamente) que ver o conteúdo uma vez em uma aula é suficiente para se lembrar disso daqui a X dias. Não é, nunca será.
Há alguns elementos que favorecem a memória: a emoção (você se lembra do seu primeiro beijo?), a atenção (lembra daquele final chocante da série que você viu?), a necessidade (instruções do primeiro dia de um trabalho que você quis muito), e a repetição.
Obviamente, de todos esses, a repetição é o mais fácil de controlar, e é por isso que trabalhamos com ela.
Quando você estuda, uma parte do conteúdo (a maior, esperamos) tem de estar no seu cérebro, é o que você aprende. A menor parte vai pro papel, pra que você possa repetir isso periodicamente (pelo menos 1x por semana até gravar). É uma forma simples de entender a revisão (embora, claro, haja variações no sistema).
Seu cérebro é maravilhoso, mas ele é uma máquina de esquecer, não de lembrar. Se você for na onda do grifo ou da lembrança espontânea, terá uma surpresa bem desagradável no dia da prova. Concurso é um jogo de abrangência, lembre-se disso. Estudo ativo é fundamental, e uma das chaves da sua aprovação.
Bons estudos e boas revisões.
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