2022-08-02 00:11:12
As aparências externas podem falar sim, na verdade elas sempre falam, mas costumam ser mal compreendidas e julgadas de forma superficial, revelando mais de quem julga do que sobre o julgado em si. É concluir algo sobre um oceano pelo estado momentâneo de suas ondas... mas também pode ajudar a ver o quê esse ser precisa ou camufla por medo, dor, etc., além de revelar muito sobre o estado de consciência de quem o está observando.
O erro está no julgamento raso, leviano, sem entender que tudo tem uma causa (muitas causas) muito mais profunda do que aparenta na superfície, e que cada pessoa é um universo gigante que não se reflete nem pode ser reduzido a sua aparência, posses, atitudes e nem sequer aos seus pensamentos ou discursos externos. Tudo isso são estados passageiros de experiência ilusória.
Qualquer ser é bem mais do que qualquer um pode observar de forma externa. A "forma externa" é APENAS a garrafa, e se você julga o conteúdo do que for apenas pelo rótulo ou pelo envase, pode acabar bebendo veneno engarrafado como "Chardonnay", apesar de também poder se surpreender bebendo um elixir maravilhoso numa garrafa com o rótulo de "veneno".
Quando João fala de Pedro, João fala do seu próprio reflexo distorcido na garrafa rotulada Pedro.
VOCÊ SE SENTE APTO PARA SER "O" JUIZ?
Tal vez se olhássemos com mais compreensão profunda e menos julgamento, tentando entender onde surgiram os desvios daqueles que cometem os erros que ferem os injustiçados, o porquê na nossa sociedade alguém chega a ser cruel machucando verbal ou fisicamente outros, e conseguíssemos ver que aí há dois lados que estão sofrendo, perpetuando dor de forma inconsciente para si e para os demais, nosso mundo parasse de descarregar sua fúria no julgamento alheio, e decidisse cortar o círculo vicioso vendo que a cura se faz necessária tanto para aquele que foi vítima como para seu agressor.
Não se trata de passar a mão na cabeça. Todos precisam ser responsáveis pelos seus atos, mas é evidente que essa responsabilização precisa ser orientada à cura do problema, e não a justificar mais agressão. Já foi dito: "quem estiver livre de pecado, que atire a primeira pedra". Isso não significa que estejamos autorizados a jogar pedras se o pecado do outro for diferente do nosso. Ainda nos falta maturidade como espécie para perceber que ao condenar aos outros, continuamos condenando a nós mesmos no processo.
Nada justifica uma injustiça, mas se pensarmos que nossa reação julgando levianamente os demais, ainda mais àqueles que não conhecemos, é aceitável porque achamos "feio" o que nós não faríamos, seguimos perpetuando o círculo vicioso. Há ensinamentos importantes que ainda não foram devidamente aprendidos.
Vamos enxergar além do obvio e simplista, ou vamos continuar atirando pedras a torto e direito? O ciclo de vingança deve ser cortado ou não avançaremos além de belas teorias espirituais vazias de ações conscientes.
Assista ao vídeo para entender a profundidade da cadeia de acontecimentos que precisamos revisar e perdoar para poder curar e nos libertar:
O quê aprendemos com isso? O quê o amor faria?...
Assê.
27 viewsAssê, 21:11