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“Dois amores erigiram duas cidades, disse Santo Agostinho, Bab | Canal das Redações - Treinamento do Teixeira

“Dois amores erigiram duas cidades, disse Santo Agostinho, Babilônia e Jerusalém: aquela é o amor de si até ao desprezo de Deus; esta, o amor de Deus até ao desprezo de si”

Eu te parafraseio, meu grande amigo celeste, para dizer que dois amores formaram duas festas, o Yule e o Natal: aquela, a festa do próprio umbigo, da preocupação mesquinha com muita comida e muitos presentes sem um sentido sequer; esta, a festa da Salvação Encarnada, do Deus Menino, do mais supremo ato de amor.

Sabe por quê eu tenho a mais plena convicção na minha fé católica? Sabe por que eu acredito 100% na existência de um Deus nos céus?

Porque nenhum ser humano seria capaz de imaginar algo tão grandioso, sublime, trágico e sobrenatural: um Deus que nasce. Um Deus que vem do ventre de uma virgem, numa gruta onde se abrigavam animais.

O Criador na forma de um pequeno bebê, frágil, precisando de cuidados; não porque precisasse desses cuidados para sobreviver, mas porque QUIS precisar desses cuidados. Desejou, livremente, experimentar cada parte do que é a nossa existência nesta terra e ser como nós, para fazer com que nós fôssemos um pouco mais como Ele.

Esse amor, o Amor Sublime, o Verbo Divino, Ele criou a sua festa, que se repete todos os anos. Os pais da Igreja nos ensinam que, a cada festa litúrgica, podemos ter descendo sobre nós as mesmas bençãos da festa original.

Isso significa que, no Natal, Deus mesmo está querendo fazer-se pequeno, menino, outra vez. Agora, não na gruta de Belém, mas na gruta do meu e do seu coração. Docilidade, beleza e esperança, mesmo no lugar mais inóspito.

Essa festa é o extremo oposto de outra, mais antiga e por isso mesmo mais persistente. Se Jerusalém e Babilônia são a antítese uma da outra, Natal e Yule também o são: Yule é a festa pagã do solstício do verão, que não comemora e revive o Amor Feito Homem, mas sim o homem que se ama acima de tudo.

No Yule, não comemoramos o amor, mas as compras. Não comemoramos a comunhão da humanidade e da Divindade; comemoramos o poder, a pujança, a sensualidade.

No Yule, não ensinamos às crianças que um dia Deus se fez como elas: mostramos uma figura idosa distribuidora de presentes. Em si, Papai Noel não é um problema; no entanto, no contexto de Yule, sendo ele a figura central, é uma figura bem reveladora: representa este mundo decrépito, gordo e distribuidor de mesquinharias que serão esquecidas em pouco tempo.

Um mundo que passa, caduco: eis o que os pagãos comemoram no Yule. Comemoram sua própria morte, sua própria destruição eterna, apegados a tudo o que passa.

Mas, para nós, cristãos, sobrevive a esperança: como odiar ou desacreditar, dizia Santa Teresinha, de um Deus que se fez um bebê indefeso?

Como não amar este Deus todo poderoso?

Como não dar a própria vida para Ele? Para honrá-lO, amá-lO e defendê-lO?

Um mundo que passa, mas um Deus que vive eternamente e decide voltar a cada ano para abençoar os que são seus, e renovar com eles a promessa da felicidade eterna: eis o que nós, cristãos, estamos comemorando hoje.

Que Deus nos guarde de viver como os pagãos, que comemoram o que não conhecem e vivem sem sentido! Que grande alegria saber de tudo isso e ter a certeza de que este Deus me ama!

Natal, comemoremos o Natal do Senhor. Que Deus abençoe a todos nesta noite feliz, e nos faça lembrar e repetir as palavras dos anjos:

“Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”