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O que é a dislexia Segundo a Associação Nacional da Dislexia | Neuropsicopedagogia e Psicopedagogia

O que é a dislexia

Segundo a Associação Nacional da Dislexia (AND), “a palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem). Dislexia é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura. Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência. Na verdade, há uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social.

Diversas pesquisas utilizando imagens de ressonância magnética funcional mostram que o cérebro de uma pessoa com dislexia processa as questões de linguagem de forma diferente (leia-se “diferente e não pior”) dos não-disléxicos. Tal processamento linguístico peculiar já mostra alguns sinais desde o início da vida escolar, como dificuldade para aprender cores, formas, números; contar uma história em sequência ou seguir uma rotina.

+ Desmistificando a dislexia

Mas é a partir da época da alfabetização que o problema fica mais evidente e a criança começa a ter dificuldade em:
- Aprendizagem do alfabeto;
- Soletração ou sequenciação das letras de uma palavra;
- Cópia do texto (da lousa, do caderno);
- Execução da letra cursiva;
- Compreensão de conceitos abstratos e figuras de linguagem (rimas, piadas e provérbios);
- Outras habilidades que não estão diretamente relacionadas à leitura/escrita, tais como: planejamento e organização temporal e/ou espacial; habilidades de memória ou de expressão; compreensão de mapas, figuras geométricas e enunciados matemáticos.

Tanto nos casos de dislexia quanto nos outros distúrbios de aprendizagem e/ou linguagem, o apoio da equipe pedagógica no âmbito escolar é fundamental (e garantindo por lei). Desta forma, a escola pode e deve contribuir com:
- Adaptação de currículo e/ou métodos materiais de ensino;
- Não exposição do aluno perante a turma e, por outro lado, valorização das suas conquistas. A auto-estima é muito afetada e precisa ser trabalhada o tempo todo;
- Uso de recursos alternativos para explicar o conteúdo, tais como gravações de áudio, filmes e figuras;
- Oferecimento de tempo extra para a realização das avaliações (que podem ser feitas apenas oralmente, se o aluno precisar);
- Correção de avaliações e atividades considerando o conteúdo da resposta e não o “formato” dela;
- Disponibilização de professor auxiliar.

FONTES: Lílian C Kuhn Pereira é fonoaudióloga com especialização em Audiologia e Mestrado e Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. Há mais de dez anos atende crianças e adultos com distúrbios de linguagem