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18. ÚLTIMOS ANOS E MORTE DA IRMÃ MARIA MARTA O fim deste opús | A Pᴀɪxᴀ̃ᴏ ᴅᴇ Cʀɪsᴛᴏ

18. ÚLTIMOS ANOS E MORTE DA IRMÃ MARIA MARTA

O fim deste opúsculo era simplesmente tornar conhecido um resumo do plano divino na vida da Irmã Maria Marta, expondo a sua missão, a “tarefa” de depositária e apóstola das Santas Chagas. Mas isto não é senão um pequeno esboço da sua vida interior. Faltava-nos falar da Santa Infância e da convivência tão íntima e graciosa que existia entre “esta alma infantil” tão pura e simples, e o celeste Amigo dos pequeninos e das Virgens. Faltava-nos dizer o amor do seu coração - despojado de todo outro amor - a Jesus Sacramentado. Faltava-nos mostrar como este comércio constante e tão intimo com Jesus Crucificado e Jesus Menino a levava natural e como instintivamente às grandes e sólidas devoções: a mostrar, por exemplo, a sua devoção para com a Santíssima Trindade, com as coisas extraordinárias (por não ousarmos dizer miraculosas) que foram, mais de uma vez, a sua recompensa; pintar-lhe a terna devoção para com Maria, que ela tomou por Mãe com toda a força de expressão e que - mostrando-se verdadeiramente Mãe - vinha completar as lições de Jesus e corrigir maternalmente a sua filha, quando era preciso.

Faltava-nos enfim inumerar as mortificações, descrever os seus êxtases... Ler-se-ão todas essas coisas, detalhadamente, na “Vida da Irmã Maria Marta” que, se Deus o permitir, será publicada ...

As graças e as comunicações divinas enchem verdadeiramente todos os instantes desta vida excepcional - durante vinte anos! - isto é, até à morte da Rev.ma Madre Teresa Eugênia Revel (30 de dezembro de 1887).

Muito tempo antes, Jesus, mostrando à Irmã Maria Marta as duas Madres que conheciam o segredo de todas as suas graças, tinha-lhe feito esta pergunta:

“Não estarias pronta a fazer-me o sacrifício delas?...”

E esta alma desprendida de tudo que não fosse Jesus, tinha aderido - com uma reserva apenas: - a de não aparecerem mais os favores de que Ele a cumulava... que tudo ficaria bem oculto somente entre os dois: Jesus prometeu e cumpriu.

Depois da morte da nossa boa Madre Teresa Eugênia, Jesus cobriu com um véu, cada vez mais espesso, aquela que Ele tinha resolvido conservar oculta até à morte. Deus permitiu - por meio de uma série de circunstâncias - que seria longo referir, que as superioras que sucedessem não tivessem senão um conhecimento muito vago das graças recebidas porque os cadernos que continham a narração de tudo foram guardados por outras mãos enquanto ela viveu.

Durante os vinte últimos anos, isto é, até à sua morte, nada se revelou exteriormente dessas graças maravilhosas - nada - senão as longas horas que a nossa Irmã Maria Marta passava junto do Santíssimo Sacramento, imóvel, insensível, como em êxtase!... E ninguém ousava interrogá-la sobre o que se passava nestes benditos instantes, entre a sua alma arrebatada e o Hóspede Divino do Tabernáculo. Esta cadeia contínua de orações, de trabalho e de mortificação... este silencio, este apagamento absoluto, parece-nos uma prova a mais - e não das menos convincentes - da verdade dos favores inauditos com que ela foi favorecida. Uma alma de humildade suspeita, ou mesmo vulgar, procuraria chamar a atenção e vangloriar-se-ia da obra que Jesus operava nela... mas a Irmã Maria Marta nunca!... Submergia-se com delícias na sombra da vida comum e escondida... Mas, como o grão da mostarda lançado à terra, a devoção as Santas Chagas germinava nos corações.